É bom frisar que Sergipe vem acumulando o posto de Estado mais violento do País desde 2015 e que a violência praticamente saiu do controle com mais ênfase, a partir de 2010, e que desde então são quase os mesmos nomes que comandam a Secretaria de Segurança Pública. Os nomes apenas alternam o comando da Pasta, mas a onda de violência seguiu em uma crescente. Hoje a SSP celebra números de 2017, anunciando que os registros estão diminuindo, mas a sensação que vem das ruas é completamente diferente.
Há um respeito por parte deste colunista por todos que fazem a Segurança Pública, mas enquanto servidores públicos eles devem ser cobrados e fiscalizados até para os resultados apareçam para a sociedade em geral. Hoje a secretaria propaga que tem excelência em resolutividade de mortes, de registros de homicídios, mas não é apenas isso que o povo espera daqueles que fazem a SSP. A população quer é que o crime não aconteça, quer se sentir seguro para sair nas ruas, a qualquer hora, sem ser assaltado, sem ter seu veículo tomado.
Ficou evidente nessa terça-feira (31), após a divulgação dos números do mais novo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, uma estratégia do Governo de tentar minimizar a realidade, de dizer que este ano os registros estão caindo e que outros Estados chegam a “maquiar” os dados no Anuário. Isso não vai resolver o problema da insegurança. Se o governo investe em “inteligência”, que passe a investir mais; se pode aumentar o efetivo, que aumente mais; se não combate o consumo de drogas, que se passe a combater. Tem que priorizar a Segurança!
O que não se pode é ficar brigando com os números, tentar não aceitar a realidade. O Governo do Estado, através da Secretaria de Segurança Pública, tem que falar menos e apresentar mais resultados. O governo tem que cortar gastos desnecessários e retomar os investimentos para a SSP. Se a legislação federal é falha, o Executivo tem abertura para convocar a bancada do Estado e tentar apresentar algo, que até seja referência para o Brasil. Mas enquanto a Constituição não muda, o governo tem que ir fazendo a parte dele e tem que aprender a assumir suas responsabilidades…
Fonte: Faxaju (Coluna Politizando do jornalista Habacuque Villacorte)
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