Que Sergipe é um dos Estados mais violentos do Brasil isso já não é mais novidade para ninguém, mas o que a sociedade espera dos setores responsáveis pelo Poder Executivo, através da Secretaria de Segurança Pública (SSP), é que no mínimo haja uma espécie de “esforço concentrado” no sentido que os números das violências sejam minimizados ou, pelo menos, controlados. Mas a sensação de insegurança só aumenta e o crime continua “dando as cartas” em Sergipe: bandidos perderam o respeito pelas autoridades e fazem valer suas próprias leis!
E sempre quando se critica o Governo pela insegurança, logo vem a estrutura da SSP tentando minimizar o problema, apresentando números e estatísticas, dando a entender que em Sergipe o crime está sob controle. A secretaria está no seu papel, diga-se de passagem, mas antes que se prenda o bandido, o mais importante é que o fato não aconteça. O argumento de que “apenas os marginais estão se matando” também não pode ser aceito, mesmo porque onde se tem violência em excesso, perde-se o controle e, normalmente gente inocente paga com a vida.
Em dezembro de 2017, segundo levantamento do Portal Itnet, o município de Itabaiana registrou 10 homicídios, somando 87 registros ao longo do ano passado. Os assassinatos assustaram toda a região Agreste e passou-se a impressão que a Secretaria de Segurança Pública havia perdido o controle na luta contra o crime na cidade serrana. Mas para quem já achou o mês anterior violento, em janeiro de 2018 a coisa parece mesmo que desandou de vez. Até a noite do dia 22, foram confirmados 11 homicídios e um latrocínio.
Em síntese, o município de Itabaiana já tem um mês de janeiro mais violento do que foi dezembro de 2017. E as perguntas que não querem calar: até quando, governador? Quem será a próxima vítima? Quando e onde acontecerão os próximos assassinatos? A sociedade itabaianense está assustada, a região Agreste tem por tantos registros de violência e o Governo do Estado, através da SSP, precisa reagir! Que tragam mais homens da Força Nacional, que acelere os trâmites do concurso público, mas que apresente medidas enérgicas e rápidas. O que não dá para aceitar é que o governo apenas assista a tudo, em cima do muro…
Fonte: Diário SE (coluna do jornalista Habacuque Villacorte)
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