sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

SERGIPE TEM 10,4 PRESOS PARA CADA AGENTE PENITENCIÁRIO.

Monitor da Violência aponta que Sergipe tem 10,4 presos para cada agente penitenciário


Dados do Monitor da Violência divulgados nesta quinta-feira, 22, pelo Portal G1, apontam que o Sergipe tem 10,4 presos para cada agente penitenciário. No raio x do sistema prisional, o menor estado do país aparece com 5226 presos para apenas 504 agentes.

Os dados reforçam as denúncias de superlotação feitas anteriormente pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores da Sejuc (Sindpen).  O número de presos no sistema prisional sergipano está 60% acima de sua capacidade. São 3267 vagas para 5226 presos.

Vale lembrar que a proporção mínima desejável é de um agente para cinco presos, segundo uma resolução de 2009 do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.

O Monitor da Violência ainda apontou que além de Sergipe, outros 18 estados tem um número insuficiente de agentes. O trabalho é resultado de uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP e com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Na visão do Sindpen, a situação do sistema prisional de Sergipe é caótica. “O Sindpen frequentemente faz alertas às autoridades e à população sobre o baixíssimo efetivo de agentes penitenciários em Sergipe. São 17 anos sem concurso público em um período no qual a população carcerária triplicou e o número de agentes diminiu. O Governo do Estado, apesar de ter autorizado a realização do concurso público, ainda não publicou o edital. Enquanto isso, algumas unidades prisionais vivem uma situação de caos, com guaritas desativadas, estruturas deterioradas e superlotação”, lamenta o presidente do Sindpen, Luciano Nery.

Alerta

No último dia 8 de fevereiro, o Sindpen protocolou em vários órgãos do poder público, ofícios com alertas para a difícil situação do Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan), em São Cristóvão, e do Presídio Regional Senador Leite Neto (Preslen), em Nossa Senhora da Glória.

No documento, o Sindpen detalhou a superlotação, a precariedade das estruturas físicas, o baixo efetivo e a existência de guaritas desativadas. Também foi anexado um relatório da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe (OAB/SE), produzido durante visita ao Copemcan, classificando a unidade como bomba relógio e apontando a situação como caótica.

Por Nara Barreto

Fonte:  Faxaju

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