Familiares de uma senhora que se encontra internada na urgência do Ipesaúde, no anexo do HPM, estão revoltados com o tratamento recebido pela idosa que aguarda desde a última quinta-feira (22) uma vaga na UTI do Hospital de Cirurgia.
Nesta sexta-feira (23) com o agravamento do estado de saúde de D. Margarida, mãe do advogado Márlio Damasceno e do cinegrafista Junior Guedes, os filhos resolveram denunciar a falta de atendimento e de atenção por parte do Ipesaúde à senhora. “Isso é um desrespeito para com o servidor. Hoje minha mãe está aposentada, mas ela já prestou os seus serviços e hoje que precisa de um atendimento médico não tem”, desabafa o advogado.
As informações são de que D. Margarida, 66 anos, começou a sentir uma dor em uma das pernas e por conta disso, procurou um médico, porém no Ipesaúde não havia vaga e por conta disso a família pagou uma consulta particular e o médico constatou uma trombose.
Ela foi então encaminhada para a urgência do Ipesaúde e lá, em uma maca, ela aguarda ser transferida para o Cirurgia, para ser clinicada em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), porém não há vagas. Com risco de morte, o advogado Márlio Damasceno avisa ao presidente do Instituto. “Se acontecer alguma coisa com minha mãe eu vou responsabilizar o senhor. Minha mãe paga a previdência em cerca de 400 reais e ai quando precisa não tem. Se não tem vagas, então o Ipesaúde que pague em outro local”, desabafou o advogado.
O outro filho de D. Margarida também desabafa e conta que “no último dia 22 de março (quinta) minha mãe deu entrada na urgência do #IPES vítima de uma trombose. Segundo o médico que a acompanha, o procedimento correto seria a transferência dela para uma UTI de algum hospital credenciado pelo tal #IPES. Como não tínhamos nenhuma notícia sobre tal transferência e nosso clamor nunca é ouvido (principalmente em se tratando de governo), fizemos o que o povo faz quando os governantes não resolvem que é procurar amigos e imprensa. Meu irmão e eu buscamos esses meios e falamos verdades sobre o descaso do IPES, pois minha mãe poderia sofrer uma embolia pulmonar a qualquer momento e morrer ali mesmo no leito da urgência (depois de ter ficado boa parte do tempo em uma maca quebrada). Apareceu inclusive um médico à mando da diretoria do ipes (o mesmo que estava de plantão no dia da chegada dela e nem a examinou), que simplesmente só disse o que já tínhamos ouvido. Que não teria vagas, inclusive sabendo dos riscos dela morrer, passou remédios para que ela tomasse em casa. Mas, como assim???? Resumindo, minha mãe ainda está na urgência até agora e embora algumas pessoas já tenham sido transferidas para uti’s em hospitais, ela, por ter tido alguém que reclamasse por ela, ainda está lá e só Deus sabe se ainda será transferida ou não”, disse.
Ao final ele diz que “faço das palavras do meu irmão, as minhas palavras. Se alguma coisa de pior acontecer a ela, o IPES irá ser o principal culpado”, disse Junior Guedes.
Fonte: Espaço Livre (Munir Darrage)
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