O quartel central do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE) recebeu, na manhã desta quinta-feira (07), a visita de 65 crianças da Associação Lar Esmeralda, localizada no Povoado Recreio dos Passarinhos, em São Cristóvão/SE. Além de conhecer as viaturas e equipamentos utilizados pelos bombeiros nos combates a incêndio e salvamentos, a garotada recebeu palestra sobre os cuidados com fogos de artifício. O objetivo da corporação é reduzir o índice de acidentes e queimaduras nos festejos juninos.
A prevenção de acidentes com fogos de artifício está sendo um tema bastante debatido nas palestras educativas promovidas pelos bombeiros em escolas, organizações não governamentais e demais entidades que trabalham com o público infantil. As conversas também incluem noções básicas de primeiros socorros, segurança no lar e ações de combate aos riscos de incêndio. De acordo com o subtenente BM Luiz Marinho, as instruções mostram a meninos e meninas principalmente a classificação dos fogos, os cuidados gerais ao soltar fogos e como ascender uma fogueira, além do que fazer em caso de queimadura.
“Fogos como traque, chuveirinho, abelhinha, pião colorido e carrapeta são fogos classe A, enquanto que botãozinho, minhoquinha, bola, cuspe de dragão, grilo maluco e cobrinha são classe B. Já o vulcão, foguetes e rojões são considerados classe C. Os fogos classificados na categoria A são aqueles que não apresentam o estrondo e só podem conter 0,2g de pólvora, podendo ser usados por crianças que tenham idade superior a 12 anos, desde que estejam sendo supervisionadas por um responsável maior de idade. Os fogos de classe B apresentam estrondos e assobios, podendo conter, no máximo, 0,25g de pólvora. Os de classe C têm até 6g de pólvora e não podem ser adquiridos por menores de idade”, explica Marinho.
Para a coordenadora pedagógica do Lar Esmeralda, Marizete Batista, este tipo de palestra é necessário para que as crianças apliquem as dicas dos bombeiros em seu dia a dia, evitando acidentes que muitas vezes são provocados por falta de orientação. “Orientamos frequentemente sobre todos os perigos que são oferecidos a eles. Até porque eles veem nas bombas um desafio, como se fosse uma possibilidade de se auto afirmar nos grupos. Se ele não solta ao menos um estalinho na testa, é considerado por alguns colegas um fraco, um frouxo. Então explicamos que não pode ser assim. Nós os orientamos para que não haja tragédias”, diz.
Marizete diz ainda que é interessante que a palestra seja feita no quartel porque as crianças podem ver de perto as ações desenvolvidas pelos bombeiros. “É de suma importância a visita ao Corpo de Bombeiros, para que nossas crianças possam conhecer uma profissão tão nobre como esta, até mesmo incentivando-os a seguirem a profissão de bombeiro. Muita gente acha que o bombeiro só faz apagar incêndio e esta é uma ideia errônea”, ressalta.
Canal do Guaxinim
Na última quarta (06), os bombeiros do Departamento de Ensino, Pesquisa e Instrução (Depi) do CBMSE também ministraram uma dessas palestras na Comunidade Canal do Guaxinim, na Barra dos Coqueiros/SE. O público foi formado por cerca de 50 crianças e adolescentes com idade entre 8 e 15 anos, assistidos por um projeto social desenvolvido pelo SESC.
Fonte e fotos: CBMSE
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