Justiça de São Paulo rejeita denúncia feita contra cinco policiais militares envolvidos na morte de Ítalo, de 10 anos, em 2016 - Reprodução / Youtube / SBT Jornalismo
A Justiça de São Paulo rejeitou, nesta quarta-feira, a denúncia feita contra cinco policiais militares envolvidos em incidente que terminou com a morte de uma criança de dez anos, em junho de 2016. O menino, Ítalo, havia furtado um carro no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo. A Promotoria ainda pode recorrer.
A rejeição foi assinada por Debora Faitarone, titular do 1º Tribunal do Júri de São Paulo. Nela, a juíza afirmou que: "Triste realidade é a nossa, na qual, algumas autoridades, entendem que policiais, em confronto, não estão autorizado a atirar, nem em revide, pois se o fazem e atingem fatalmente um criminoso, são denunciados por isso".
Ela também escreveu que a Polícia Militar de São Paulo é composta por "homens valorosos", e que o acolhimento da denúncia "seria virar as costas a esses homens e exigir deles o que nem a lei exige".
Ítalo Ferreira de Jesus Siqueira, de dez anos, e um amigo, de onze, haviam furtado um carro no Morumbi. Durante a perseguição, Ítalo foi atingido com um tiro na cabeça. De acordo com a PM, os disparos foram feitos em legítima defesa, e o garoto estava armado. Estavam presentes os policiais militares Otávio de Marqui, Israel Renan Ribeiro da Silva, Daniel Guedes Rodrigues, Linconl Alves e um quinto apenas identificado como Adriano.
Na acusação, o promotor Fernando Cesar Bolque afirmou que nenhuma das crianças atirou e que houve alteração na cena do crime para incriminá-las.
Ao rejeitar a denúncia, a juíza afirmou que a hipótese de os policiais terem atirado com a arma de Ítalo para simular um terceiro disparo é "uma fantasia por parte do Ministério Público".
Fonte: O Dia
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