O Estado de Sergipe já foi um “modelo” para o restante do País em vários indicativos, sobretudo, pelo equilíbrio das suas finanças. É evidente que o momento em que o País atravessava era outro, completamente diferente. A partir de 1º de janeiro, o governador reeleito Belivaldo Chagas (PSD) não apenas “dará continuidade” ao modelo atual, mas ele terá a responsabilidade de colocar em prática as promessas feitas ainda na campanha eleitoral e implementar um novo modelo de gestão. Deverá ser muito cobrado por isso, diga-se de passagem.
O “galeguinho” não terá uma missão fácil pela frente, existem deficiências crônicas na Saúde e na Educação; não há uma política eficiente de Assistência Social; por mais que as entidades que compõem a SSP se esforcem e deem respostas mais imediatas, os registros de violência ainda são assustadores. A estratégia para minimizar esse fato é sempre dizer que “esta é uma problemática nacional”. Agora, quando a “mensagem é positiva”, o bloco governista “solta foguetes” e rapidamente capitaliza para a gestão estadual.
É sempre bom frisar que o mesmo agrupamento político está a frente do governo de Sergipe desde 2007, com Marcelo Déda (in memoriam), Jackson Barreto (MDB) e agora Belivaldo Chagas, ou seja, responderam pelos últimos 12 anos da gestão administrativa do Estado. Após todo esse período, temos um “abismo previdenciário” com um déficit de R$ 400 milhões; o governo não possui recursos próprios para fazer grandes investimentos e é refém dos repasses do governo federal; e já são cinco anos sem reajustes salariais para o funcionalismo público.
Como se não bastassem os salários defasados, os servidores aprenderam a conviver com atrasos e parcelamentos dos salários; o Banese virou “fiador” para garantir o pagamento integral do 13º salário! Muitos fornecedores e prestadores de serviços foram parar na fila dos precatórios, enquanto uma minoria “reinou” em Sergipe por vários e vários anos. Hoje muitas empresas estão fechando as portas, o desemprego é um problema real e, não seria exagero dizer, que o governo chegou ao seu limite! A máquina está “inchada”, vem travando…
Belivaldo “chegou para resolver” e já anunciou “cortes” de secretarias, de cargos comissionados, de despesas com carros e celulares, de alugueis de prédios e espaços privados e até um “calote camuflado” em “acordo” para quem tem faturas pendentes com o Executivo, tanto nos seus nove meses a frente do governo e, principalmente, de abril passado para trás. Em síntese, sem meias palavras, o “galeguinho” tem em suas mãos um governo “quebrado”, falido! Fica no ar a velha pergunta: quem, afinal, quebrou o Estado? Albano Franco, João Alves ou os últimos 12 anos?
Só lembrando
Na recente Reforma Administrativa aprovada, o governo pretende iniciar o ano novo excluindo as secretarias de Meio Ambiente, Esportes, Cultura e, mais adiante, Turismo. São áreas importantes que, mesmo em meio a uma crise financeira, não podem ser esquecidas. O desafio da gestão, neste sentido, será ainda maior…
Veja essa!
São fortes os rumores de uma possível venda do Banese em 2019. Não há uma posição oficial do governo neste sentido, ninguém tem falado sobre esse assunto, mas para muita gente já é uma realidade a venda de ações do Banco, com a garantia que o Estado continue sendo o acionista majoritário. Será?
E essa!
Coincidências à parte o Diário Oficial do Estado, esses dias, trouxe a aprovação da proposta de alteração do aumento do capital do Banco, apresentada pela Diretoria Executiva, no montante de R$ 116 milhões, elevando o valor social de R$ 232 milhões para R$ 348 milhões. Como perguntar não ofende, isso não seria uma “valorização” pré-venda?
Fonte: coluna Politizando do jornalista Habacuque Villacorte
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