O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) detalhou, em coletiva de imprensa, as investigações que resultaram na prisão de Joaenaldo dos Santos da Silva, de 36 anos, que confessou ter assassinado quatro pessoas e enterrado os corpos em duas residências em Nossa Senhora do Socorro. A prisão ocorreu durante operação na noite da última quinta-feira, 2.
Após as investigações detalhadas feitas pelo DHPP, os corpos foram localizados e recolhidos. Três corpos estavam escondidos no quintal da atual residência do acusado, no conjunto Marcos Freire II, e o quarto enterrado em uma residência no loteamento Piabeta, ambos em Socorro, na Região Metropolitana de Aracaju. A delegada Luciana Pereira detalhou como ocorreu o processo investigativo dos desaparecimentos e do inquérito que resultou na prisão do acusado.
“O primeiro caso, segundo o próprio acusado, ocorreu há cerca de oito anos atrás. Segundo ele contou foi a primeira vez que ele tirou a vida de uma pessoa, uma mulher que ele conheceu no Centro da cidade. Nós começamos a investigar o primeiro desaparecimento em junho do ano passado, que ocorreu em março. Começamos a investigação e em fevereiro deste ano, houve um novo desaparecimento, havia a suspeita de algumas pessoas, mas já tínhamos a suspeita do borracheiro, que na época era vizinho de uma das vítimas”, explicou.
Ainda segundo a delegada, o acusado confessou a prática dos crimes e citou ainda que as investigações prosseguem para verificar se há outras vítimas e fornecer a confirmação dos nomes das que tiveram os corpos enterrados. “Ele confessou tudo e inclusive com detalhes sobre as vítimas, sobre os locais onde estavam enterrados os corpos. Ele deixou claro que não tem remorso, que não se arrepende e que faria tudo novamente porque acha que agiu corretamente”, complementou.
A delegada disse ainda que o filho da vítima foi ouvido e que não há indícios da participação dele nos crimes. “O filho foi ouvido e não encontramos indícios de participação, o que percebemos que ele possuía com o filho uma relação abusiva no sentido de maus tratos e abuso psicológico. O filho tinha muito medo do pai”, frisou.
Dentre algumas das motivações, o acusado disse que em um dos casos, a mulher que ele conheceu teria tentado roubar objeto da casa dele e, em outro, um então amigo começou a acusá-lo de tráfico de drogas. “São motivações fúteis. Ele alegou que tinha encontrado uma das vítimas, foram para casa dele e supostamente ela teria tentado roubar um objeto dele. Já em outro caso, o acusado contou que ficou chateado porque uma das vítima, que era amigo dele, disse que ele era traficante de drogas e que, segundo palavras do próprio acusado, ele apenas era usuário”, concluiu.
Fonte e foto: SSP/Faxaju
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