Policiais civis estiveram reunidos nesta quarta-feira (26), em Assembleia Geral Extraordinária organizada pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE), com o objetivo de avaliar o posicionamento do Governo do Estado em relação às reivindicações dos profissionais que integram a base da Polícia Civil, composta por agentes, escrivães e agentes auxiliares.
Durante a Assembleia, Adriano Bandeira, presidente do Sinpol/SE, destacou aos filiados presentes que o governador Belivaldo Chagas permanece sem dialogar diretamente com os policiais civis mas que, por intermédio do secretário de Segurança Pública João Eloy de Menezes, informou que receberá os representantes do sindicato no próximo mês.
"Recebemos a informação de que o governador se comprometeu em nos receber entre os dias 8 e 12 de julho e levamos esse informe para a categoria. Ainda não há uma data definida para que possamos dialogar sobre os nossos problemas mas há essa sinalização por parte do governador de que poderá nos receber até a segunda semana do mês de julho. Até lá continuaremos mobilizados e nos organizando para novas ações neste segundo semestre, caso os policiais civis sejam novamente enganados e não recebidos pelo governador, como ocorreu durante o nosso ato de alerta ao Governo de Sergipe em frente ao Palácio dos Despachos no último dia 19 de junho", destacou Adriano Bandeira.
No tocante às escalas extraordinárias, o Sinpol/SE permanecerá recolhendo assinaturas de policiais que atuam na capital e interior sergipano e que estão dispostos a não participarem mais de escalas extras na Polícia Civil. "O policial civil está cansado, desmotivado e não quer mais se submeter a ficar "fazendo bico" dentro da própria instituição para conseguir sobreviver e arcar com as despesas familiares. E o fato do governador ainda não ter iniciado sequer diálogo direto com a categoria tem deixado muitos policiais civis revoltados", completou o presidente do Sinpol/SE.
As bandeiras de luta prioritárias da categoria são a necessidade do pagamento da reposição inflacionária (concedida recentemente a outras categorias de servidores públicos estaduais); reestruturação dos cargos que integram a base da Polícia Civil; e reajuste salarial (congelado há mais de seis anos).
Pauta nacional
Outro ponto discutido durante a Assembleia Extraordinária foi a necessidade do Sinpol/SE participar no próximo dia 2 de julho da grande mobilização nacional em Brasília/DF contra a Reforma da Previdência (PEC 06/2019). O ato contará com representações sindicais policiais de todo o país.
"O momento de lutar é agora e o tempo está correndo, então precisamos somar esforços para defender nosso direito por uma aposentadoria digna. Queremos o mesmo tratamento dado aos militares pelo Governo Federal na Reforma da Previdência porque os riscos inerentes à profissão são diários e similares. Essa luta também é nossa", finalizou Adriano Bandeira.
Fonte: Assessoria de Imprensa Sinpol
Nota do blog: Como perguntar não ofende: quando o governador vai receber também a classe militar sergipana?