Impacto para o consumidor será de 4 centavos a mais por metro cúbico.
Foto: Jadilson Simões/Equipe JC
Com um preço médio de R$ 3,609 em Aracaju, o gás natural veicular (GNV) terá um novo aumento e já preocupa os condutores de veículos que utilizam esse tipo de combustível. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Sergipe (Sindpese), o preço para o consumidor terá um impacto de R$ 0,04 por metro cúbico e já passa a valer a partir de hoje, dia 2.
A Sergas informou que a cada 90 dias a Petrobras informa o valor do reajuste que é enviado para o Governo do Estado aplicar no preço do produto. Com isso, o combustível terá um aumento de custo em 2,26% e o reajuste médio nas tarifas dos diversos segmentos será de 1,77%.
De acordo com Gerson Ferreira, diretor de Divulgação da Federação das Cooperativas de Táxis Fretamento de Sergipe, pontuou que o preço do gás veicular já vem castigando os consumidores há um bom tempo, pois com a promessa de ser um combustível mais barato o GNV está custando mais que o álcool, por exemplo, que é comprado em média a R$ 3,50 o litro.
“Há uns 60 dias a federação fez um movimento rumo à Sergas para discutir sobre a redução do preço. Convidamos taxistas e consumidores em geral e fizemos uma grande carreata. Fomos recebidos lá, discutimos o assunto e os representantes do órgão nos mostraram os documentos que confirmam que o imposto sobre o produto em Sergipe é bem mais caro que Alagoas e Bahia, o que é um absurdo, pois somos um Estado produtor de gás natural”, aponta.
Por conta disso, a Federação pretende realizar uma audiência pública e convidar todos os setores envolvidos no preço do produto e discutir se há meios de redução do preço. “Vamos convidar a Sergas, o Governo do Estado, o Ministério Público e deputados, entre outras autoridades, para vermos onde está a falha. Não entendemos como um Estado produtor pode ter um GNV figurado como o mais caro do país. Esse novo aumento só impede ainda mais o nosso trabalho”, reforçou Gerson.
Sobre o assunto, o presidente da Sergas, Valmor Barbosa, comentou que a decisão tem como base a política nacional de preços da Petrobras, que prevê um reajuste trimestral para o gás natural canalizado, diferente das variações diárias da gasolina e diesel, influenciado por fatores como a cotação do dólar e o preço internacional do petróleo.
“Sei que não agrada, mas nesse momento não podemos dizer que vamos fazer isso ou aquilo. Estamos discutindo, o governo está atento e já demos um passo importante no incentivo às empresas do ramo industrial. É verdade que precisamos atrair cada vez mais no setor veicular e tentar reajustar o mínimo possível”, comentou.
Além disso, Barbosa pontuou ainda que a margem da Sergas nas tarifas, por outro lado, não terá alteração por prever somente reajustes anuais mediante aprovação da Agência Reguladora de Serviços Públicos de Sergipe (Agrese).
Sindipese
Ao JORNAL DA CIDADE, a diretoria do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Sergipe (Sindpese) informou que o consumidor já sentirá o reajuste a partir de hoje, dia 2, conforme cada revendedor e seus custos, já que a concorrência é livre. “Ressaltamos que o aumento terá um impacto de R$ 0,04 por metro cúbico”, disse a diretoria.
O Sindpese pontua ainda que a redução no consumo com os aumentos é confirmada, principalmente porque o etanol hoje está equiparado ao preço do GNV, então a migração é natural, o que provoca a queda do consumo de imediato. “Ressaltamos também que foi anunciado o aumento na tarifa da energia elétrica, que representa 40% no custo de venda do GNV”, destacou.
Diesel e gasolina
Além do GNV, outros dois combustíveis foram reajustados: o diesel e a gasolina. A Petrobras informou a elevação em 3,75% o preço do diesel e em 4% o preço da gasolina nas refinarias, que começou a valer desde ontem, 1º.
Com o aumento anunciado, o preço médio do litro diesel sofrerá uma elevação de R$ 0,0757, passando de R$ 2,0205 para R$ 2,0962. Já o preço da gasolina subirá R$ 0,0658, com o litro passando, na média, de R$ 1,6457 para R$ 1,7115.
Sobre esses dois combustíveis, a direção do Sindpese disse ao JC que “os reajustes também já foram anunciados pelo governo e nos próximos dias as distribuidoras deverão fazer o repasse ao revendedor, que diante dos seus estoques e custos, por sua vez, farão o repasse ao consumidor final”, esclareceu o sindicato.
Fonte: Jornal da Cidade (Grecy Andrade)
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