sábado, 28 de setembro de 2019

ESTATUTO DO DESARMAMENTO É DISCUTIDO NA ALESE DURANTE PALESTRA SOBRE O ATLAS DA VIOLÊNCIA. DEPUTADO CAPITÃO SAMUEL DEFENDEU QUE É PRECISO REPENSAR A SEGURANÇA PÚBLICA.


O palestrante Daniel Ricardo de Castro Cerqueira, ainda registrou a importância do Estatuto do Desarmamento para a redução dos índices. “O aumento de mortes por armas de fogo vinha crescendo e, se não fosse o Estatuto do Desarmamento, a taxa de homicídios seria 12% maior”, disse, pontuando que o Brasil responde por cerca de 15% do quantitativo de homicídios no mundo. “É uma barbárie! 120 municípios concentram a metade dos homicídios do Brasil.

Capitão Samuel I

Também participando do debate, o deputado estadual Capitão Samuel (PSC) registrou que tinha 28 anos de Polícia Militar, destacou alguns dados apresentados pelo expositor e defendeu que é preciso sim repensar a Segurança Pública. “Acho que esta discussão começa dentro de casa. A violência tem que ser combatida e trabalhada pelo pai e pela mãe junto aos seus filhos. Caso contrário, no futuro, nós vamos continuar enxugando gelo!”.

Capitão Samuel II

Em seguida, o deputado reconheceu o Estatuto do Desarmamento como uma “grande iniciativa”, mas pontuou que ele foi aplicado no Brasil de uma forma ineficiente. “Depois dele nós registramos uma disparada no número de homicídios. Quando vejo vocês falando de política de ódio, acho que existe muitos discursos e ações de endurecimento, agora o que levou o Brasil a reduzir esse número de homicídios em 22% em 2019? E Sergipe que reduziu 11%?  O que aconteceu nesse período? Por que os investimentos em prevenção aqui no Estado continuam ínfimos!”.

Combate à Pobreza

Por fim, Capitão Samuel disse que Sergipe tem por ano R$ 86 milhões do Fundo de Combate à Pobreza. “Mas a pobreza só aumenta! Não entendi porque esse Fundo foi criado! A pobreza vem associada da falta de emprego e do aumento de violência. E boa parte dos homicídios são praticados por armas ilegais. Será que não seria melhor a gente saber quem tem o porte da arma? Isso não ajudaria as autoridades na identificação?”, questionou.

Quem é a vítima?

“O que a gente vê são os bandidos cada vez mais armados e a população acuada dentro de casa, sem ter o direito de ir e vir. No caso do proprietários rurais que terão acesso às armas, quem são as vítimas? Quem está sendo vitimado, afinal? Sobre a juventude quero apenas dizer que muitos são influenciados pela falta de oportunidades e pelas drogas. Isso se banalizou! O País conseguiu controlar o consumo do tabaco, muitos têm vergonha de carregar uma carteira de cigarro, mas cheiram pó e fumam maconha abertamente em um show com 25 mil pessoas”, completou Capitão Samuel.

Fonte:  coluna Politizando do jornalista Habacuque Villacorte

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