Reeleitos com uma votação expressiva há menos de um ano, o governador Belivaldo Chagas (PSD) e a vice-governadora Eliane Aquino (PT), definitivamente, não atravessam um bom momento político e, principalmente, administrativo. Por mais que setores da gestão tentem minimizar, a recente decisão do pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE/SE), que cassou a chapa por 6×1, impactou negativamente nas expectativas do governo até 2022.
O ambiente é de fim de governo, é de “café frio e água quente”! É evidente que ainda cabem recursos tanto em Sergipe quanto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas a decisão praticamente “unânime” deixou setores governistas desestimulados. Nos bastidores a informação é que no julgamento do TRE esperava uma votação apertada, por 4×3, a favor ou contra a chapa. O resultado de “6×1” ascendeu o “alerta vermelho” no agrupamento.
Belivaldo está certo quando decidiu lutar pelo mandato que conquistou em 2018 e não vai medir esforços para recorrer da decisão. Está exercendo seu direito legítimo. Mas erra quando transmite um “ar arrogante” quando trata do assunto. Passa a impressão que “não se abateu”, como se aquele resultado fosse “insignificante”. Aquilo tanto “doeu” que ele tem acionado seus interlocutores no Estado e em Brasília (DF). A turma está se movimentado, conversando com advogados e magistrados.
Enquanto há toda essa concentração de forças para preservar a chapa Belivaldo/Eliane, do ponto de vista administrativo o governo deixa muito a desejar. Estamos caminhando para o final de mais um ano sem reajustes salariais para o funcionalismo (e sem qualquer perspectiva), não teremos a antecipação do 13º salário, o servidor está desestimulado, a gestão não tem dinheiro para contrapartidas em obras públicas, está devendo a fornecedores e, se “cobrir um santo”, “descobre o outro”…
Na campanha eleitoral Eliane Aquino “vendeu” a ideia de que ao lado do “galeguinho”, somaria muito para o Estado do ponto de vista social. Com todo respeito, mas olhando outras “ações sociais” que já tivemos em Sergipe, sua atuação não é nem de “coadjuvante”! Está para “figurante” nesse cenário, sem “protagonismo” algum. Os prédios públicos dão o tom do que representa o momento do governo: a “casa está ruindo”, as “paredes estão desabando”…
O Comando da Polícia Militar em Aracaju sofreu interdições da Defesa Civil; no presídio militar o “abandono” é praticamente o mesmo; delegacias e escolas da rede estadual precisam de reformas urgentes; recentemente o “teto” da Procuradoria-Geral do Estado desabou! Agora o “teto” da gerência de jornalismo da TV Aperipê! Como perguntar não ofende nunca, o que mais falta “cair” nesta gestão? É ou não é um clima de fim de governo? Os fatos sinalizam que sim…
Fonte: coluna Politizando do jornalista Habacuque Villacorte
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