O assunto ainda não era de conhecimento público, mas este colunista traz outra “exclusiva” para os seus leitores mais fiéis: o governo de Belivaldo Chagas (PSD) e Eliane Aquino (PT), certamente sem alternativas para a crise financeira que assola Sergipe, está projetando uma medida que, pela complexidade, vai beirar o “ineditismo” no Estado e, quiçá, na região Nordeste: vai tentar aprovar uma lei na Assembleia Legislativa que lhe dará o direito de “esticar” o mês do servidor público, em especial, aquele que ganha menos, em até 40 dias!
Pode parecer exagero ou invenção deste colunista, mas infelizmente não é! O que o governo de Belivaldo e Eliane vai propor para a apreciação da Alese é uma autorização para que ele possa pagar os rendimentos do funcionalismo público de Sergipe até o 10º dia útil do mês subsequente, ou seja, além de não pagarem mais dentro do mês trabalhado, o governador e a vice agora vão pedir para que esse “atraso” passe a ser legal, que seja algo comum! Lembrando que aposentados, pensionistas, comissionados e servidores ativos que recebem mais de R$ 3 mil já vivenciam este “cenário”.
O assunto já é comentado nas rodas de conversas de deputados estaduais do governo e da oposição. Alguns parlamentares, mesmo parceiros do “galeguinho” e da petista, temem ter que absorver o desgaste ao ter que apreciar e aprovar esta proposta. Não custa lembrar que os servidores já estão sem reajustes e sem a reposição inflacionária desde 2013. É muito em perdas acumuladas e poucas melhorias. E agora o governo Belivaldo e Eliane quer “instituir” o mês de 40 dias? Como pergunta não ofende, qual seria o real objetivo dessa proposta?
Este colunista responde: como até agora o governador e a vice não conseguiram regularizar a situação da folha do Estado, como já devem ter percebido que, pelo “andar da carruagem”, podem ter dificuldades de continuar honrando parte da folha dentro do mês trabalhado, é provável que o governo apresente algo parecido, pedindo autorização para pagar até o 10º dia. Nesse caso, em caso de um questionamento jurídico, ele estaria supostamente “coberto” pela legislação. Vale lembrar ainda que até o 13º salário do funcionalismo, que não tomar o empréstimo no Banese, seguirá parcelado em 2020.
Em síntese, o trabalhador do serviço público, que recebe até R$ 3 mil dentro do mês vigente, pode até passar a receber junto com os aposentados, ou seja, no “apagar das luzes”. Os deputados que anteciparam esta informação evitam tratar desse assunto, até que a “ideia” se concretize. Esta é mais uma das medidas “amargas” que o governo de Belivaldo e Eliane estudam apresentar ainda este ano. A pressão do funcionalismo tende a crescer, assustadoramente! E ninguém está disposto a trabalhar 40 dias para o Estado para receber por 30! É coisa, galeguinho!
Veja essa!
Um deputado estadual que pediu reservas ao comentar essa ideia e brincou: “um ano depois e até Belivaldo e Eliane agora são 40!”, disse, em alusão ao número do PSB, do então candidato a governador Valadares Filho (PSB), segundo colocado na disputa em 2018.
E essa!
Outro deputado que participava da conversa emendou: “aumentar o calendário de pagamento em mais 10 dias é algo muito complicado, muito difícil e, se o governo apresentar essa proposta, vai colocar os parlamentares em uma situação complicada. Não sei se voto favorável”, declarou.
Fonte: coluna Politizando do jornalista Habacuque Villacorte
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