Levantamento estatístico tem como comparativo os dez primeiros meses do ano
O índice de homicídios dolosos em Sergipe despencou e possibilitou que 489 pessoas tivessem suas vidas preservadas desde 2016. É o que revela um novo levantamento feito pelo Centro de Estatísticas e Análise Criminal da Secretaria da Segurança Pública (Ceacrim/SSP). No comparativo entre 2016 - ano com maior taxa de mortes violentas em Sergipe – e 2019, a redução atinge 44,5% no levantamento, tendo como base os primeiros dez meses do ano.
Em 2016, até o mês de outubro, 1.098 pessoas tinham morrido em Sergipe por conta de homicídios dolosos. Três anos depois, esse número caiu para 609 e, caso a mesma média de 2016 fosse mantida, mais 489 pessoas teriam morrido. As motivações para essas mortes, segundo o Núcleo de Pesquisas da SSP, estão relacionadas com o envolvimento com o tráfico de drogas, seja como usuário ou pela disputa territorial do mercado da droga.
Já no comparativo com 2018, a taxa de redução é de 24,9%, com 202 vidas preservadas. Foram 811 homicídios dolosos registrados no estado de Sergipe nos dez primeiros meses do ano passado. Os números divulgados pela SSP de Sergipe estão sendo atestados pelo Fórum Brasileiro da Segurança Pública, pelo Monitor da Violência, Núcleo de Estudos da Segurança Pública da USP, Instituto de Pesquisas Econômica e Aplicada (Ipea) e outros estudiosos que atuam na avaliação da Segurança Pública no país.
As reduções atestam que as estratégias definidas pela Secretaria da Segurança Pública estão dando certo. No último levantamento feito pelo Ipea, com a divulgação do Atlas da Violência, os estudiosos fizeram uma avaliação que já definia a tendência de queda em Sergipe.
“Devido ao patamar de mortes atipicamente alto em 2016, observou-se uma redução das mortes no último ano. Uma explicação alternativa passa pelo amadurecimento da reorganização do trabalho policial levada a cabo desde 2015, quando se passou a promover maior articulação das agências policiais (SSP, PM, especializadas, DHPP, etc.) e uso de indicadores estatísticos e análise criminal para a construção de diagnósticos locais sobre a dinâmica da violência”, ressaltou o Instituto de Pesquisa.
O secretário da Segurança da Segurança Pública, João Eloy de Menezes, disse que a análise criminal periódica e a excelente relação entre as forças policiais têm sido fundamental. “Fazemos reuniões semanais e discutimos as áreas mais problemáticas, direcionando nosso efetivo. Felizmente, os resultados vindos das nossas polícias são muito bons e vamos continuar trabalhando muito para manter a redução dos números até o final do ano”, avaliou Eloy.
Fonte: SSP/SE
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