Policial militar há 21 anos e há 25 anos capoeirista, cabo J. Roberto, desenvolve um projeto inclusivo de capoeira no município de Nossa Senhora do Socorro e alguns municípios de Sergipe. O projeto chamado de Mangaliza já tem cinco anos de atuação com autistas, idosos e adolescentes em situação de risco.
J. Roberto, iniciou o projeto Mangaliza, juntamente com outros mestres de capoeira, compartilhando um trabalho sociocultural de resistência com grupos vulneráveis da sociedade. “Trabalhamos com grupos da terceira idade, com crianças especiais da APAE e também com uma crianças e adolescentes em um locais de risco, com potencial no crime. Trabalhar com essas pessoas e trazer pra felicidade da nossa arte, me faz ficar feliz por estar contribuindo.”, conta o policial e mestre de capoeira.
Para o cabo Roberto, a capoeira simboliza uma cultura de arte e luta do povo negro no Brasil. “A capoeira é uma expressão que a gente usa no dia a dia para combater a discriminação e o preconceito que é colocado por algumas pessoas que não conseguem ter conhecimento suficiente da arte e do poder do negro nesse processo histórico do Brasil”, explica.
O projeto Mangaliza atua em diversas cidades de Sergipe, além de Nossa Senhora do Socorro, J.Roberto, diz sentir estar fazendo sua parte, no meio dessa sociedade discriminatória. Entretanto, relembra que deve ser um trabalho e uma valorização feita anualmente, não só lembrado no dia 20 de Novembro. “.A consciência do negro, a consciência do povo que criou, que se desenvolveu e que trouxe muita produtividade para nosso país. A gente não tem que ficar preso esse mês, a essa data, a gente tem que ficar preso a um projeto anual.”, pontua o policial militar.
A capoeira e outros elementos da cultura negra brasileira muitas vezes ainda são alvo de racismo e injúria racial em nossa sociedade, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) oferece serviços para denunciar crimes como esses. “As pessoas tem percebido que é importante fazer a denúncia, a importância do seu direito da sua cidadania, a equipe tanto da Dachri é preparada para esse atendimento especializado e a demanda tem crescido”, explica a delegada do Departamento de Atendimento de Crimes de Homofobia, Racismo e Intolerância Religios, Meire Masuet.
Fonte e fotos: SSP/SE
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