Antes que a “geração mimimi” comece a se manifestar nas redes sociais, este colunista não é adepto ao militarismo, à truculência e muito menos às agressões. Que o Brasil é um País desigual, que os negros sofrem preconceito e discriminação em eventos de massa, que a polícia se excede e comete equívocos, tudo isso a gente já cansou de ouvir. São argumentos que, geralmente, os “sociólogos”, “psicólogos” e demais “entendidos” e/ou “especialistas no assunto”, usam como “nuvem de fumaça”, como uma forma de desviar a atenção para a “essência do problema”.
Este colunista é filho de família pobre, que teve a sorte de ter pais que se esforçaram para lhe dar o melhor que podiam, da qualidade de ensino à qualidade de vida, mas sempre com disciplina, responsabilidade e, evidentemente, dentro das possibilidades e do orçamento. O mundo era diferente, as prioridades eram outras; mas a estrutura familiar (e aqui não se trata de nenhum conceito preconceituoso) era mais “presente”. A antiga “geração do videogame” ou do “playground” evoluiu, mas para pior, infelizmente.
A internet chegou e, junto com ela a velocidade da informação. Chegou mais conhecimento com essa evolução, é verdade, mas também nos deparamos com um mundo ilimitado, desconhecido, cativante e cada vez mais acessível para ser habitado. Hoje o “google” é mais rápido e objetivo que qualquer biblioteca. Um artigo científico, escrito do outro lado do mundo, está disponível em segundos. Isso é positivo? Sim, e como! Mas tem o “outro lado” da moeda: a net tanto pode “construir” um cidadão, como tem o poder de destruí-lo;
Esse é o potencial em que se encontram as redes sociais! Hoje um mero desconhecido vira “personalidade” em questão de segundos; basta que um simples vídeo no You Tube agregue rapidamente milhares de visualizações. Esta pessoa está fadada a “ganhar seguidores”, “likes”, mas em poucos segundos, em um breve deslize, por uma atitude impensada ou irracional, aquela “fama” se dissipa rapidamente e todo o glamour conquistado, que o fez emergir, volta para o esquecimento. Infelizmente a nova geração está muito refém disso.
E nós, pais, ressalvadas algumas exceções, temos culpa sim! Aquela dúvida, aquela dica para a vida, em um almoço familiar ou após o jantar, foi substituída por uma busca rápida e perigosa na internet. O conceito antigo, da estrutura familiar dito aqui, perde espaço para jovens que sem “do casulo” ainda mais cedo, exigindo “independência” sem experiência e que, como não aprenderam em casa, “pagam caro” nas ruas, diante do crime e das drogas, por exemplo. Aquela “saída noturna” que tinha destino, horário, acompanhamento e disciplina, hoje foi substituída pelo aparelho celular.
O telefone funciona como um “GPS”, como se ele resolvesse tudo! Essa semana setores da mídia propagaram as brigas e os disparos registrados em um bloquinho carnavalesco de Aracaju. A violência vem imperando, vai se espalhando. A culpa de tudo isso é da polícia, que reprime com rigor? Às vezes! A culpa é da escola? Em parte, se antes ela focasse no cidadão e não no concurseiro; mas a principal culpa está dentro de casa. A “base” não pode se esquivar da sua responsabilidade. Quando isso geralmente acontece, o “jovem” sem limites para se divertir, acaba aprendendo da pior forma: recebendo o “carinho” da PM nos bloquinhos! E a culpa é sempre de alguém; jamais minha...
Bloquinho não é problema
Da mesma forma como acabaram o Pré-Caju e prejudicaram muita gente que brincava e lucrava com aquela festa, gratuitamente, agora há uma “nuvem” contra os bloquinhos de Carnaval. Quer organizar um? Peça autorização e contrate a segurança privada; solicite apenas um apoio da PM e Guarda Municipal na área externa. No mais, quem bagunçar é porque não tem educação e não sabe conviver na coletividade. E não precisa ficar naquele ambiente. Pode ser levado para curtir o carnaval no “quarto branco”...
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