terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

LABRADOR DO CANIL DO CBMSE QUE PARTICIPOU DE MISSÃO EM BRUMADINHO SE APOSENTA.







Depois de sete anos de missões cumpridas no Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE), o labrador Jimmy está se aposentando. O herói de quatro patas sai de cena das ações que exigem energia e vigor, mas continua na sua missão de resgatar, dessa vez a alegria das crianças da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), em Aracaju.

Jimmy nasceu no dia 18 de janeiro de 2013, no canil do CBMSE, e fez parte desde então do Serviço de Busca, Resgate e Salvamento com Cães (SBRESC) da instituição. Atuou em diversas ocorrências pelo Estado, como busca de pessoas desaparecidas na mata, corpos ocultados e desabamentos.

Em 2014, o labrador ajudou na localização de uma família que ficou soterrada no desabamento de um prédio no bairro Coroa do Meio, na capital sergipana. A participação dos cães foi fundamental para realizar as escavações no local correto e resgatar as vítimas, que ficaram sob os escombros durante 34 horas. A atuação do CBMSE, cães e bombeiros, teve repercussão internacional.

O trabalho dos cães sergipanos também foi destaque nacional no rompimento da barragem de Brumadinho, Minas Gerais, em 2019. Jimmy e mais três labradores estiveram por mais de 30 dias ajudando a encontrar vítimas da tragédia. Foram sete anos de trabalho intenso e agora é hora do animal ter uma rotina mais tranquila.

“Ele apresenta um bom quadro de saúde, mas é o tempo certo para a aposentadoria, assegurando uma qualidade de vida para o cachorro, já que ele não apresenta mais a mesma energia para realizar as buscas. Não é uma decisão fácil, são muitos anos de companheirismo, mas ele merece esse descanso”, afirmou o treinador de Jimmy durante todo esse tempo, sargento Thiago Garcia.

O cão continuará tendo monitoramento da saúde por veterinários da Mineradora Vale, por conta da atuação em Brumadinho, além de permanecer no projeto “Promoção da saúde animal através da acupuntura e técnicas da medicina tradicional chinesa”, do curso de Veterinária da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Novo lar – Depois da aposentadoria, o labrador ganhou um novo lar, tendo sido adotado por um amigo do canil. Mas a nova rotina do cão não deixa de ter um espaço para sua missão desde o nascimento: ajudar.

Ele continuará atuando como co-terapeuta das crianças da Apae, através da Cinoterapia, que é uma abordagem que tem como diferencial o uso de cães no tratamento físico, psíquico e emocional de pessoas com necessidades especiais.

“O benefício é mútuo, já que buscamos socializar os cães e expô-los ao contato com as pessoas, contribuindo para deixá-los cada vez mais calmos, equilibrados e felizes”, concluiu o sargento Garcia.

Por Dinah Menezes

Fonte e fotos:  CBMSE

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