Foto: Jadilson Simões
O deputado estadual Capitão Samuel (PSC) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na tarde dessa segunda-feira (2), para comentar o acordo firmado no Estado do Ceará que encerrou a greve dos policiais miliares cearenses, que ficaram amotinados em cinco Batalhões da Polícia Militar para reivindicar maiores salários e melhores condições de trabalho.
Sobre as divergências dos militares sergipanos com o governo de Belivaldo Chagas (PSD), Capitão Samuel foi duro, dizendo que “vamos esperar outro Ceará para que aconteça alguma melhoria? Vamos deixar novamente pela vontade do gestor? Logo teremos soldados trabalhando por uma cesta básica! Às vezes vejo críticas aos militares que, na folga fazem outras atividades. Tem que ainda diz que eles recebem extras!”.
O parlamentar disse que já passou a época do lema “marcha soldado, cabeça de papel” e enfatizou que em algum momento o militar se revolta com tanto descaso. “Esse soldado criticado, sai da sua casa, deixa a sua família, para proteger a família sergipana. No Ceará, por falta de diálogo, de negociação, eles chegaram àquela manifestação, tomando cinco quartéis! Finalizaram a greve com 250 processos abertos para expulsão”.
Capitão Samuel estendeu suas críticas aos deputados federais e senadores brasileiros. Disse que há um movimento no Congresso para proibir qualquer tipo de anistia administrativa para crimes militares. “Agora não aparece um parlamentar para defender um piso nacional para esses trabalhadores! O Judiciário e o Ministério Público também não podem fazer greve, mas eles têm quem cuide de suas remunerações. Precisou chegar o Capitão Jair Bolsonaro para dar um pouco de dignidade aqueles militares do Exército!”.
“Um general ganha a metade do que ganha um juiz, mas a grande imprensa propaga que os militares do Ceará são bandidos! Agora não lembro de ter visto esta mesma mídia dizer que lá os soldados ganham dois salários mínimos para combater o crime organizado, arriscando a vida numa escala de 12 por 36, enfrentando os bandidos!”, completou o deputado, lembrando que em Sergipe houve redução de homicídios e assaltos à ônibus em 2019, mas não houve qualquer valorização salarial de quem ajudou a mudar o cenário. “Vi ministro do STF se metendo na greve do Ceará, mas não deu uma alternativa para o impasse”, concluiu.
Fonte: Aju News/Alese - Habacuque Villacorte
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