Secretaria de Inclusão disse que vem enfrentando dificuldades diante da grande demanda
Apesar de ser uma das determinações do decreto governamental 40.560, que evidencia a proibição de aglomerações públicas, os usuários do Restaurante Padre Pedro, ligado à Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (Seias), continuam lotando a calçada do estabelecimento. Em imagens divulgadas nas redes sociais, na manhã desta terça-feira, 24, é possível ver o considerado número de pessoas que aguardam pelas quentinhas fornecidas, diariamente, àqueles que estão em situação de vulnerabilidade social.
O local, que é frequentado diariamente por cerca de 2.250 pessoas, oferece almoço e janta, tendo como prioridade o fornecimento de alimentação saudável às camadas mais carentes da sociedade. No entanto, ainda assim, alguns cuidados no tocante às determinações do Governo, não têm sido tomados.
Na imagem, que foi borrada pela nossa equipe para evitar identificação dos usuários, é possível ver uma fila enorme com pessoas muito próximas umas das outras. Inclusive, muitas estão se apoiando na corda que limita a fila. Fator que, neste momento de pandemia em decorrência do novo coronavírus (Covid-19), causa preocupação.
“As pessoas precisam de alimentação de qualidade e de forma gratuita, sim. Acho o fornecimento de comida muito legal, mas acredito que as pessoas precisam ter acesso a um cuidado maior. Estarem assim, expostas, num momento como este, é muito delicado”, disse uma fonte à nossa equipe.
Essa mesma fonte, que pediu para não ser identificada, se mostrou preocupada com a questão. “O fornecimento não pode parar, porque essas pessoas precisam, de fato, mas o restaurante deve buscar uma maneira mais segura de realizar este fornecimento”, acrescentou.
Procurada para falar sobre o assunto, a Seias disse, em nota, que vem adotando todas as medidas possíveis para evitar aglomerações no Restaurante Padre Pedro, mas, segundo a Secretaria, vem enfrentando dificuldades diante da grande demanda e da necessidade de manter a oferta do serviço, extremamente essencial para a população em situação de rua.
“A começar pela distribuição de quentinhas, ao invés dos usuários comerem no restaurante, e a ampliação do horário de funcionamento para diluir a demanda. Idosos têm acesso preferencial. Estão sendo prestadas orientações constantes sobre o espaço entre as pessoas na fila e, quando entram para pegar a quentinha, os usuários são conduzidos à lavagem das mãos. Trata-se de uma população em situação de vulnerabilidade extrema”, informa.
Além disso, a Secretaria relatou que, por mais que se oriente à exaustão, não se consegue que disciplinem a fila externa da forma ideal. “Por ser um serviço essencial, não pode ser suspenso, pois como custa 1 real, é para muitos, a única refeição do dia. Também porque o acesso ao alimento é essencial para a imunidade das pessoas, sobretudo idosas. Assim sendo, a Secretaria pediu o apoio da Polícia Militar. É a única forma dos usuários respeitarem a distância recomendada na fila. Dentro do restaurante não há nenhuma aglomeração ou proximidade. Foram coladas, inclusive, fitas no chão, demarcando o espaço correto entre as pessoas”, finaliza.
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Fonte: Jornal da Cidade
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