Se o “time” do presidente da República, Jair Bolsonaro, está passando por mudanças em um “mar de turbulências”, diante dos inúmeros questionamentos de setores da oposição e de boa parte da grande mídia sobre as decisões e declarações do chefe do Executivo, aqui em Sergipe, pode-se dizer que a “seleção” do governador Belivaldo Chagas (PSD) também começa a despertar desconfiança na população. As recentes decisões e recuos do “galeguinho”, por exemplo, revelam imprecisão nos estudos técnicos que lhe são apresentados e uma preocupante hesitação de parte do seu secretariado.
No caso da Saúde, por exemplo, após o reconhecimento da situação de calamidade pública, duas dispensas de licitação foram feitas e, mediante a pressão da opinião pública, foram canceladas: foi o caso do hotel para servidores da Saúde que estão na linha de frente e da contratação de uma empresa de Salvador (BA), por R$ 2,7 bilhões, para a manutenção de aparelhos de ar condicionado! Existem diversas sugestões para ele utilizar prédios públicos, da própria saúde, para “concentrar” os suspeitos de estarem infectados com a Covid-19, mas estranhamente isso não desperta interesse...
Como não lembrar ainda dos decretos governamentais que voltados para a flexibilização de segmentos do comércio local? As igrejas e templos religiosos, por exemplo, continuam fechados; mas os “estudos técnicos” da equipe do governador atestaram para a reabertura de hotéis, motéis e pousadas! Em alguns desses casos, o “isolamento social” é um verdadeiro desafio a ser compreendido...essa semana, após novo decreto, e assustado com o crescimento de infectados, o governador liberou e depois recuou sobre relojoarias e joalherias!
É ou não um claro exemplo de “hesitação”? E a culpa aí não é apenas do governador, diga-se de passagem; sua equipe de trabalho, seu “corpo técnico” também deve ser responsabilizado! São decisões e recuos que geram incerteza na própria população! Vejam o caso da extinção da Secretaria de Comunicação! Para “reduzir despesas”, o governador nomeia Sales Neto em definitivo no Turismo, acaba com a SECOM, mas cria uma Superintendência e todos os cargos que estavam na Pasta simplesmente foram “transferidos” para a Secretaria Geral de Governo! E a economia?
E o que é mais importante neste momento de pandemia: um “porta-voz” na Comunicação ou um Secretário de Turismo Hospitalar? Outro exemplo é o Banese (Banco dos Sergipanos)! Demorou demais para anunciar medidas de flexibilização dos débitos do funcionalismo público, aposentados e pensionistas e após amplo desgaste do governador, enfim algo efetivo foi anunciado; e o que dizer da decisão do secretário da Saúde, Valberto Oliveira, que “antecipou” em pouco mais de um mês sua saída da Pasta para se dedicar à eleição municipal de Propriá?
Com todo respeito ao governador e a seus liderados, a impressão que se passa para a sociedade, em determinados momentos, é de “dúvida” e “incerteza”; não custa lembrar a decisão – que não andou – de começar a multar as pessoas nas ruas e avenidas que saíram de casa para trabalhar em “serviços não essenciais”! E o direito de ir e vir? Este colunista já chegou a questionar que “mente brilhante” tem orientado o governador em suas recentes decisões! Com tanta “oscilação”, o discurso de que “chegou para resolver” começa “a se dissolver”...
Fonte: Alô News (Habacuque Villacorte)
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