Considerando que as medidas de isolamento social no País foram iniciadas no mês de Março, segundo levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desocupação que encerrou 2019 em 11% (cerca de 11 milhões de desempregados) no Brasil, finalizou o primeiro trimestre de 2020 em 12,2%, ou seja, apenas no primeiro mês das medidas de combate e prevenção ao novo coronavírus (Covid-19) já estão confirmados mais de 1,2 milhão de novos desempregados.
E não precisa ser nenhum especialista para prevê o pior: o resultado dos meses de abril, maio (que está apenas começando) e junho certamente vai disparar! Com o crescimento do número de infectados e de mortes em todo o País, governadores e prefeitos municipais se valeram de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para terem autonomia para decidir, baseados em orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Anvisa.
Geralmente os primeiros meses do ano já revelam taxas maiores de desemprego por conta do fechamento dos postos de trabalho temporário, abertos para as festas de final de ano, mas some aí as regras de isolamento social que suspenderam por tempo indeterminado as atividades de vários setores da economia, restando apenas os serviços considerados essenciais.
Por sua vez, a taxa de informalidade, nos primeiros três meses do ano, atingiu 39,9% da população ocupada, ou seja, este colunista está falando de um contingente de 36,8 milhões de trabalhadores informais algo que, segundo o IBGE, havia terminado o ano de 2019 com 41%. A coluna começou a pesquisa sobre a repercussão dos números sobre a desocupação no País que acabam de ser divulgados até Março e as previsões são muito negativas para os próximos meses.
A atividade econômica, de uma forma geral, sofreu uma forte retração. Vale lembrar que, no primeiro mês da pandemia (Março) vários trabalhadores receberam férias e não tiveram seus contratos de trabalho encerrados de imediato. Com a ampliação das medidas restritivas e com o fechamento de várias empresas o número de desligamentos pode aumentar em 50% ou até mais. Se os números do coronavírus assustam, o desemprego é outra preocupação que também vai tirar o sono de muita gente…
Fonte: coluna Politizando do jornalista Habacuque Villacorte
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