Piloto com larga experiência disse que foi treinado para situações de perigo. Ele e os outros quatro ocupantes saíram sem ferimentos graves do acidente
O piloto Moisés Barcelos sofreu só arranhões na queda do helicóptero
Reprodução/Record TV
O tenente-coronel Moisés Barcelos tem 13 anos de atuação como piloto. Era ele o piloto do helicóptero do Corpo de Bombeiros que na quinta-feira (30) caiu em um estacionamento onde antes funcionava uma faculdade de Brasília após bater com a hélice no topo do prédio. Os cinco ocupantes da aeronave não sofreram ferimentos graves. Apenas um deles sofreu um pequeno corte na cabeça.
“É inacreditável mesmo”, disse o piloto em entrevista ao Balanço Geral DF. “O acidente foi às 10h e por volta de 17h todos já estavam em casa. É motivo mesmo de agradecer.”
O piloto lembra que a equipe foi acionada por volta das 10h para atender a um pedido de socorro de parada cardiorrespiratória no município de Vicente Pires. Quando chegaram lá, o paciente ainda não tinha chegado, por isso precisou ficar sobrevoando a região por alguns minutos. Ele escolheu o estacionamento da antiga faculdade porque o local já tinha sido usado para pouso em outras ocasiões, sem nenhum incidente.
“Na hora você não tem muito o que pensar. Nós treinamos exaustivamente para situações de risco ou de pane. Na hora que é feito é automático, não dá tempo de pensar. A gente treina para ficar mecânica a reação. Me falaram que foram em média dez segundos do toque até a queda até os cinco estarem fora do helicóptero.”
Ao ser perguntado sobre como reagiu ao ver o acidente, o piloto apenas lembra que fez o possível para chegar ao chão com segurança para proteger todos os passageiros. Ele foi o primeiro a sair da nave, e já ia ajudar os demais, porém todos conseguiram sair com facilidade da aeronave.
Em seguida, ele verificou se a aeronave tinha possibilidade de incendiar e como um carro do corpo de bombeiros chegou com rapidez, ele orientou para que o motor do helicóptero fosse resfriado. Ele disse que ainda ficou lá por 40 minutos após o acidente. Depois disso, ele ainda foi para o quartel da aviação do Corpo de Bombeiros.
“Minha esposa estava em casa. Antes de ir ao hospital tenho de passar em casa para avisar minha esposa que é bombeira. Abracei, falei “amor, acabei de sofrer um acidente, caí com o helicóptero”.
Sobre o que motivou o acidente, ele prefere não falar e apenas aguardar as investigações que estão a cargo do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
“O que alivia é que os cinco estão vivos, sem nenhum osso quebrado.”
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