Também compete ao comitê, dentre outras funções, prestar assessoria ao comando-geral, emitindo pareceres e acompanhando a elaboração e execução de programas de governo no que diz respeito às questões relacionadas à mulher; estimular o estudo e o debate da condição da mulher bombeira; requerer o cumprimento da legislação que assegura os direitos da mulher e desenvolver projetos voltados à valorização do trabalho feminino, viabilizando melhorias das condições de trabalho da mulher no CBMSE.
O Conselho Deliberativo do comitê será composto por 11 integrantes e 11 suplentes, escolhidas entre oficiais e praças, para mandato de dois anos, e será presidido por uma oficial superior com, no mínimo, 20 anos de serviço, designada pelo comandante-geral. De acordo com a militar hierarquicamente mais antiga da corporação, a tenente-coronel Maria Souza, a criação deste grupo levou em consideração a necessidade de ações efetivas para a proteção da mulher militar.
“Nós, mulheres, estamos ocupando cada vez mais esses espaços tradicionalmente masculinos que são as instituições militares. O efetivo feminino integra as fileiras do CBMSE há mais de 20 anos e não há ainda produção normativa interna específica para a inserção das particularidades da mulher no seio militar. Até então estamos aderindo a normas instituídas extra-corporação. E é por isso que este momento é histórico e importante para assegurar igualdade e valorização do trabalho da mulher em nossos quartéis, sendo uma oportunidade para construirmos com determinação e compromisso um ambiente institucional mais equânime”, explica a coronela.
Para a sargento Lígia Santana, que participou da mobilização para a construção do comitê, a iniciativa é essencial para assegurar o combate à discriminação e incentivar a discussão aberta das relações de gênero na corporação bombeiro militar, considerando que ainda há nesses espaços muitas dificuldades referentes à situação da mulher e peculiaridades que demandam uma atenção diferenciada.
“No seu centenário, o CBMSE faz história com a criação deste comitê. É chegado o momento de ‘viver’ na instituição ações que primem pela igualdade de gênero em meio à diversidade. Ações estas que se consolidarão na disseminação de empatia e respeito entre os profissionais bombeiros militares. Este pioneirismo na segurança pública no Estado de Sergipe se traduz em uma conquista da história de luta e resistência do efetivo feminino, iniciada em 1998, quando a primeira bombeira militar respondeu ‘PRONTO!’ na corporação”, conclui a sargento.
Por Danielle Azevedo
Fonte e fotos: CBMSE
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