O processo é fundamental para a identificação dos elementos utilizados na produção de desses artefatos
Dentre os procedimentos periciais realizados pelo Instituto de Análise e Pesquisas Forenses (IAPF), está o de identificação de explosivos. Enquanto que no ano passado foram apenas dois procedimentos, em 2020 foram cinco solicitações de perícias em materiais semelhantes a explosivos. Uma dessas análises está relacionada a granadas de fabricação caseira. Na confecção do laudo pericial, os peritos verificam os componentes químicos utilizados na preparação. Nesse processo, é feita a detonação dos artefatos e, após a explosão, são coletadas as amostras para as análises nos laboratórios de química da perícia criminal.
Nessa segunda-feira, 30, os peritos criminais, juntamente com o Comando de Operações Especiais (COE), executaram a detonação e a coleta de materiais para perícia desses objetos. Para que esse trabalho, em parceria com a Polícia Militar, funcione com excelência, o IAPF já organizou dois cursos de capacitação para os peritos oficiais, com a parceria da Academia de Polícia Civil (Acadepol), sobre técnicas de manuseio de materiais explosivos. O perito criminal Nailson Correia explicou que o processo de detonação foi feito em local distante, para a garantia da segurança dos profissionais e também da população.
“Os peritos criminais do IAPF e os oficiais do COE se deslocaram para um local isolado para detonar cinco artefatos que se assemelhavam à granadas caseiras. É importante ressaltar que em 2018, apenas um material foi enviado ao laboratório de química forense. Em 2019, duas solicitações de material pirotécnico. Já neste ano, até o mês de novembro, foram recebidas pelo IAPF cinco solicitações de análise em material semelhante a explosivos. A cada ano, os profissionais vão se qualificando e se capacitando, dotados de instrumentos necessários para analisar e nortear as investigações criminais das delegacias”, detalhou.
Nailson Correia ressaltou que a parceria entre as instituições é fundamental para a atuação das forças da segurança pública no tocante à identificação de materiais que, porventura, venham a ter características explosivas em sua composição. “É importante ressaltar que essa parceria entre o laboratório de química do IAPF e os esquadrão de bombas do COE já ocorre há mais ou menos dois anos, sempre instruindo os nossos colegas profissionais, dotando do conhecimento e da segurança necessários para o manuseio dos materiais ou artefatos com características explosivas”, reforçou.
O perito criminal Jeverson Freitas, igualmente, realçou que a ação conjunta entre a perícia sergipana e a unidade da Polícia Militar proporciona ainda mais qualidade ao trabalho feito no campo de materiais que podem possuir características explosivas em sua composição. “É muito importante essa parceria do COE com a perícia criminal de Sergipe, através do IAPF. É de suma importância, já que o COE detém o know how necessário das técnicas de manuseio dos materiais explosivos. O Estado de Sergipe e a segurança pública só têm a ganhar”, enfatizou.
O capitão Weniston Queiroz, comandante do COE, também destacou que a integração entre os profissionais das instituições é essencial para o reconhecimento e o correto manuseio desses objetos, exclusivamente, por profissionais habilitados em explosivos e integrantes da segurança pública. “É sempre muito importante falar de ocorrências que envolvem artefatos explosivos, tendo em vista o grande poder de destruição desse material e o enorme risco que traz ao ser manipulado sem o devido conhecimento. A Polícia Militar, através do COE, e o IAPF possuem em seus quadros profissionais habilitados e técnicos prontos para intervir nesses tipos de ocorrência. É uma parceria de extrema importância”, finalizou.
Fonte e fotos: Ascom SSP
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