Da série “verdades que incomodam”, este colunista entendeu que não que existia momento mais adequado para “mexer em um vespeiro”: o governador Belivaldo Chagas (PSD) acabar de nomear a advogada Lucivanda Nunes Rodrigues como nova secretária estadual da Inclusão e Assistência Social. Ela assume a cadeira deixada por Leda Lúcia Couto, que sai alegando questões de ordem pessoal. E, pelo o que se comenta, ambas são indicações políticas da vice-governadora Eliane Aquino (PT).
Nada de anormal, as duas pertencem ao mesmo agrupamento político e não se trata de rompimento ou que tenha ficado alguma rusga! Mas se isso pode ser positivo para o governador ou para a gestão, do ponto de vista administrativo, é muito provável que seja ruim para a sociedade sergipana como um todo. Por que? Pelo simples fato de, há muitos anos, o povo pobre e miserável, que depende do poder público, ser tão carente de inclusão e de assistência em Sergipe.
Quando os governadores eram Antônio Carlos Valadares, Albano Franco e João Alves Filho (in memoriam), principalmente, a oposição “condenava” o que avaliavam como “política assistencialista”, alegando que os “governos de direita” faziam a política do “pão e circo”, que só promoviam programas assistenciais porque tinham interesse no voto daquelas pessoas. Hoje o “foco” continua sendo o voto, mas a “assistência do passado” ia além de entregar uma cesta básica ou distribuir uma “bolsa social”…
A “assistência do passado” erradicava casas de taipa; tratava da construção de casas e apartamentos populares; promovia mutirões de saúde nos bairros e povoados, como as inúmeras campanhas de vacinação; de doação de sangue e exames em geral; limpeza e manutenção dos dentes; se ofertava serviços de corte de cabelo, manicure e pedicure, além de se promover a atualização de documentos oficiais e de negociações de débitos com o poder público. O “Pró-mulher”, por exemplo, era uma referência…
Há mais de 10 anos que os “críticos do passado” chegaram ao Poder em Sergipe e talvez a maior “campanha social” criada desde então foi a do combate ao crack que, pelo visto, não saiu do papel e findou esquecida; são anos e anos repetindo os mesmos erros, com muitos pobres desassistidos, com famílias sendo destruídas e dizimadas pelas drogas e pelo crime organizado. Não existe uma política social eficiente, não se sente isso nas ruas! O “grande feito” é o repasse de R$ 100/mês para quem já está na miséria…
Mudar uma secretária só quando ela alega “problemas pessoais”? Na Pasta que tem mais proximidade com o pobre, com quem mais precisa da atuação do poder público? E logo o PT, que tanto se orgulha de “matar a fome do nordestino”? Mas em Sergipe silencia diante do sofrimento do povo! Nós vimos agora, na campanha eleitoral desse ano…esquecido sempre, o pobre só foi lembrado para votar, mesmo sem inclusão ou assistência, com ou sem COVID! Dá uma saudade do “velho".
Fonte e foto: Faxaju (Habacuque Villacorte)
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