Com todo respeito ao senhor Corregedor-Geral de Justiça de Sergipe, Desembargador Diógenes Barreto, e desde já, como perguntar não ofende jamais, que crime cometeu o juiz Aldo em postar uma foto, dentro de sua residência, em um almoço com sua família? Ahh é pelo fato de ele ter feito uma brincadeira dizendo que estava “aglomerando” com os seus? Por isso ele está “fazendo apologia” à aglomeração? Será que todos nós, sergipanos e brasileiros, mantemos o “distanciamento social” dentro de nossas residências, no almoço ou jantar?
Será que todos nós, que estivermos com nossos filhos reunidos em uma mesa e ao registrarmos esse momento nas redes sociais, porque estamos “aglomerando”, seremos igualmente investigados e/ou penalizados? Isso é razoável? Isso é hipocrisia! Centenas de sergipanos, por exemplo, vêm sendo flagrados em eventos clandestinos, “aglomerando”, e equivocadamente sem máscara e álcool em gel, mas eles foram responsabilizados ou penalizados? E por que apenas o juiz será investigado?
Antes que digam que este colunista está fazendo a defesa porque se trata de um magistrado, por que, por exemplo, essa mesma Justiça parece “cega” diante da superlotação que temos no transporte coletivo da Grande Aracaju? Um magistrado dificilmente utiliza esse meio de locomoção (aqui não tem hipocrisia), mas sim o trabalhador da construção civil, do comércio, os estudantes, as empregadas domésticas e diaristas, os vigilantes, professores, jornalistas, dentre outras categorias tão dignas quanto um juiz. Mas, e a Justiça?
Se o juiz Aldo de Albuquerque Mello está dentro de sua residência, junto aos seus familiares, celebrando a sua vida, o fato de ter sobrevivido até agora à COVID-19, qual o problema nisso? Apologia? Por que a Justiça não determina que o transporte coletivo não pode, enquanto durar a pandemia, ter passageiros sem isolamento, aglomerando? Por que não toma decisão parecida em relação aos terminais de integração? Por que não impõe isso à Prefeitura de Aracaju, à SMTT? Por que não cobra por fiscalização dos vereadores e da Câmara Municipal?
Com todo respeito, parece que vivemos em um “mundo de faz de conta” e setores da imprensa têm grande responsabilidade nisso! Tem que acabar com essa hipocrisia por motivos políticos obscuros! Isso soa mais para restrição de direito, de liberdade, soa como perseguição e picuinha! Uma postagem de um “rico” na rede social incomoda, mas os registros diários com forte risco de infecção dentro dos ônibus parecem comuns? A vida do pobre não importa? Nem se ele protestar na rede social? Melhor nem falar de “outras aglomerações”...
Fonte: Alô News (Habacuque Villacorte)
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