Quando o conflito era direto com Jair Bolsonaro, o discurso era pregando “respeito à ciência e à vida”; o presidente, inclusive, por diversas vezes, cansou de repetir que compraria as vacinas quando a Anvisa autorizasse, independe de onde elas fossem fabricadas. Talvez por esse “cuidado com a ciência”, hoje ele esteja sendo alvo de uma CPI no Congresso Nacional, com uma série de elementos políticos, em que (PASMEM) há quem defenda a “blindagem” de governadores e prefeitos…
Mas voltando à Sputnik, o Consórcio Nordeste – mais politizado do que tudo – quis competir diretamente com o governo federal e o Ministério da Saúde e correu para comprar as vacinas russas, numa tentativa de pressionar ainda mais o presidente da República, tentando fragiliza-lo politicamente no Nordeste. Isso com o aval absurdo de setores do Supremo Tribunal Federal (STF), uma Corte que há muito tempo também vem “politizando” suas decisões…
É como se já não bastasse o prejuízo causado por esse Consórcio Nordeste em 2020 com a compra dos respiradores a uma empresa que supostamente vendia óleo de Maconha e que nunca foram concretizados, agora outro “golpe” nos nordestinos: a compra de uma vacina que, segundo a Anvisa, os russos desde o princípio se negam a entregar a documentação comprovando sua eficácia. É como vender um “terreno no céu”! Isso é brincar com vidas! Não seria um “genocídio”?
São milhões de doses de vacina que poderiam chegar mais rápido ao Nordeste, se ao invés de competirem com o governo federal e o Ministério da Saúde, se ao invés de politizarem essa discussão, todos eles sentassem numa mesa e buscassem um consenso. Talvez se fosse com outro fabricante, já autorizado pela Anvisa, essas vacinas já teriam chegado ou não? Mais um motivo para não apenas o governo federal, mas governadores e prefeitos serem sim alvo de CPIs e investigações.
Há algum tempo que alguns setores da nossa política defendem a saída de Sergipe desse Consórcio Nordeste e o devido fim do mesmo! Não representa o povo da região e ainda vem acumulando prejuízos aos cofres públicos. O Ministério Público e o próprio STF, bem que poderiam observar esse “partido político” de governadores e, pelo menos, questionar sua eficácia, cobrar resultados. O fato é que perdemos muitas vacinas, por política ou politicagem. Resta saber até quando?
Veja essa!
A Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), negou a autorização para Estados e Municípios, além do próprio governo federal, importarem a vacina russa Sputnik V. Os pedidos de importação também foram realizados pelos estados do Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe e Tocantins, além dos municípios de Maricá e Niterói (ambos no RJ).
E essa!
Aqui em Sergipe o “galeguinho” Belivaldo Chagas (PSD) teria formalizado um contrato da ordem de US$ 3,98 milhões para a compra de 400 mil doses. A vigência do mesmo seria por três anos. Só nos respiradores o Estado tenta reaver um prejuízo de R$ 5 milhões, aproximadamente. E agora?
O que diz a Anvisa?
“Não há parecer ou documento compatível com documento técnico de análise descritivo por autoridades que concederam o registro definitivo da vacina”, defendeu o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres. Conforme ele, diversas tentativas foram feitas no sentido de conseguir estes documentos junto às autoridades russas.
Fonte: Faxaju (coluna Politizando do jornalista Habacuque Villacorte)
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