Estudo mostra que indivíduos com altas taxas de SAA (amilóide sérica A) nas primeiras horas da infecção podem evoluir mal
A medição dos níveis de uma proteína que exerce função importante na resposta inflamatória pode ser uma forma de identificar quais pacientes com covid-19 podem desenvolver formas graves da doença.
Um estudo publicado recentemente no Jornal Internacional de Doenças Infecciosas aponta que os níveis da proteína SAA (amilóide sérica A), sintetizada no fígado, pode aumentar até 1.000 vezes nas primeiras 48 horas de uma infecção.
Com dados de 19 estudos prévios envolvendo mais de 5.600 pacientes com covid-19, pesquisadores da Universidade de Sassari, na Itália, e da Universidade Flinders, na Austrália, constataram níveis elevados de SAA em pessoas que evoluíram para quadros graves.
Em contrapartida, aqueles que permaneceram com formas leves da doença tinham quantitativos baixos da proteína no organismo.
"Pacientes com formas graves da covid-19 têm inflamação excessiva, alterações na formação de coágulos e danos significativos em vários órgãos, particularmente o pulmão, o rim, o coração e o fígado", explica o principal autor do estudo, o professor Arduino Mangoni, da Universidade Flinders.
No momento em que falta leitos de UTI para pacientes, os pesquisadores afirmam que "o uso de marcadores específicos para predizer a gravidade da doença facilitaria a identificação precoce de pacientes que necessitam de manejo e monitoramento agressivo e auxiliar no uso criterioso dos recursos de saúde".
A coleta para análise dos níveis de SAA é feita por um simples exame de sangue.
Fonte: R7
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