Este colunista preza pela responsabilidade e pela boa informação, e não será leviano em acusar “A” ou “B” antes dos laudos conclusivos a serem emitidos pelas autoridades competentes. Mas também não vai silenciar até que a verdade prevaleça, em respeito às vítimas, aos seus familiares e, inclusive, aos demais pacientes que foram transferidos às pressas, que podem ter apresentado piora em seus quadros clínicos, como também aos servidores que ficaram expostos à fumaça e que por isso foram hospitalizados.
A pergunta que Sergipe inteiro se faz neste momento é: Quem será responsabilizado pela “tragédia do Nestor Piva”? Não estamos em ano eleitoral, ainda enfrentamos uma dura pandemia, não há razões para discursos politizados. Mas há uma “conta que não fecha”! Quatro óbitos confirmados e alguém terá que responder por isso. Até para que a sociedade continue acreditando e confiando na seriedade dos nossos órgãos fiscalizadores.
É preciso ressaltar, ainda, que a UPA Nestor Piva não era a única unidade de Saúde do município que apresentou problemas nesta pandemia. No mês passado, um princípio de incêndio foi registrado em um setor da UPA Fernando Franco (Zona Sul), localizada no Conjunto Augusto Franco, quando felizmente ninguém ficou ferido, mas quatro pacientes tiveram que ser transferidos para outro espaço, com o Corpo de Bombeiros controlando o fogo naquela oportunidade.
Mas até quando? O que fizeram os órgãos fiscalizadores? O Ministério Público apurou o que ocorreu? E a Comissão de Saúde da Câmara Vereadores? Qual a sua finalidade? Por que os sindicatos da área da Saúde não reagiram naquele momento? Será que aquele “princípio de incêndio” não poderia ter servido como um “alerta” e teria evitado a “tragédia do Nestor Piva”? Ou o que aconteceu na sexta passada foi fruto da impunidade? Quantos ainda terão que morrer?
A “tragédia do Nestor Piva” não pode ficar impune! As autoridades precisam agir, reagir. Trabalhadores estão em risco, prédios públicos com problemas estruturantes, mas os cofres cheios de recursos enviados pelo “governo genocida”! A narrativa de “fatalidade” não convence a este colunista. Há quem diga que Sergipe “é terra sem lei”! Mas há quem ainda creia em um “sopro de esperança”. Todas as vidas importam? Só resta sentar e esperar...
Veja essa!
Diante da tragédia do Nestor Piva, veio na lembrança deste colunista o incêndio no alojamento de jogadores de base do Flamengo em Vargem Grande, na zona oeste do Rio, matou dez pessoas e feriu três, de acordo com o Corpo dos Bombeiros.
E essa!
O assunto transformou-se em uma verdadeira batalha judicial e rende discussão até hoje. Há quem condene o Flamengo pelas mortes dos atletas; há quem entenda que o clube deu uma oportunidade aos jovens e que tudo não passou de uma fatalidade.
Entenda
O caso ganhou repercussão nacional. O Flamengo é uma instituição do futebol brasileiro, uma associação sem fins lucrativos, como qualquer outro clube de futebol no nosso País.
Alô MPE!
Lá o Ministério Público denunciou dirigentes do clube que se tornaram réus, passando a responder pelo crime de incêndio culposo qualificado pelos resultados de morte e lesão grave. Resta saber qual será o comportamento do órgão aqui em Sergipe...
48 horas
A informação é que o Ministério Público de Sergipe solicitou informações da Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju dentro de um prazo de 48 horas. Alguns questionamentos foram enviados e a Prefeitura da capital terá que responder. É aguardar a apuração dos fatos...
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