Com a atualização do boletim desta segunda-feira (31), maio já soma 817 óbitos, 44 a mais em relação ao mês anterior. Até então, abril havia sido o mês mais crítico quanto ao número de mortes no estado, com 773 vidas perdidas por causa da infecção.
Para o professor de Imunologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Diego Moura Tanajura, esse cenário epidemiológico comprova a característica mais duradoura da segunda onda da pandemia, em consequência da relação entre o comportamento de risco das pessoas, a chegada de novas variantes, e o estágio do processo de vacinação.
– A segunda onda, que está sendo mais duradoura e letal, pode ser explicada pelo comportamento de risco da população, no qual boa parte perdeu o “medo” do vírus no momento mais crítico da pandemia, relaxando nas medidas de cuidado; a falta de políticas públicas organizadas e centralizadas de combate ao vírus por meio do Ministério da Saúde, o surgimento de novas variantes, como a P.1, que chega a ser 2.4 vezes mais transmissível; e o processo lento de vacinação que ocorre no nosso país – afirma Diego Tanajura.
– Ainda nem baixamos o número de casos e óbitos, como aconteceu ano passado entre a primeira e a segunda ondas, mas já estamos na iminência de uma terceira onda de contaminação. Nisso, a chegada da variante indiana preocupa bastante, pois ela parece ser mais transmissível e vai encontrar o país, por exemplo, sem uma fiscalização intensa em portos e aeroportos, sem controle nas fronteiras. Infelizmente, temos uma “receita” completa para ajudar a nova variante se espalhar, se nada for feito – complementa o professor.
Fonte: Faxaju
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