Com o intuito de chamar a atenção do governador para as pautas do movimento, policiais civis, policiais militares e bombeiros militares presentes cobraram a abertura do diálogo por parte do Governo do Estado.
“É um absurdo a falta de respeito desse Governo com o servidor público em geral. Não bastassem os anos sem revisão geral anual, sem reajuste salarial, o governador Belivaldo Chagas também quer tirar de nós o direito ao adicional de periculosidade. Será que ele não percebe o quanto a atividade policial é perigosa e arriscada? Prova recente disso foi o atentado sofrido pelo delegado Marcelo Hercos que, mesmo em sua folga, não hesitou em cumprir com seu dever legal de proteger o cidadão. Reveja seu posicionamento, governador”, pontuou um dos representantes do Movimento Polícia Unida.
No ato, Adriano Bandeira, presidente do Sindicato de Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE), recordou o homicídio dos colegas policiais civis Luís Morais e Fábio Lopes, que tiveram suas vidas ceifadas no exercício da profissão no ano passado em Umbaúba, e citou o ato de violência sofrido pelo delegado Marcelo Hercos que, mesmo de folga, não hesitou em cumprir com o dever legal de proteger os cidadãos.
“A nossa reivindicação é justa. Não podemos aceitar a banalização da violência que, inclusive, atinge os nossos colegas. No ano passado, tivemos a morte de dois policiais civis que morreram prematuramente durante o cumprimento de diligências investigativas. Agora, criminosos atentam contra a vida do delegado Marcelo Hercos, que após lutar pelo cumprimento do seu dever legal de proteger o cidadão, foi alvejado por criminosos e hoje está em um leito de UTI. Isso não basta para o governador entender os riscos da atividade policial? Essa luta não pode acabar até que tenhamos o nosso direito reconhecido”, enfatizou Adriano Bandeira.
Porta dos fundos
Ao final do evento, manifestantes flagraram o momento em que o governador Belivaldo Chagas e sua comitiva deixaram o local pelos fundos do prédio. Para eles, a atitude do governador foi “mais um gesto de covardia e falta de respeito com as pessoas que estavam lá para tentar dialogar”.
Movimento Polícia Unida
O Movimento Polícia Unida é formado por nove entidades sindicais e representativas: Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE); Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Sergipe (Adepol/SE); Associação Militar Única; Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do Estado de Sergipe (Aspra); Associação dos Oficiais Militares de Sergipe (Assomise); Associação Integrada de Mulheres da Segurança Pública em Sergipe (Asimusep); Associação dos Militares do Estado de Sergipe (Amese); Associação dos Militares da Reserva Remunerada e Pensionistas do Estado de Sergipe (Asmirp/SE); e Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros (ACS-SE).
Fonte e fotos: SINPOL/SE
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