Policiais civis, militares e bombeiros militares realizaram uma assembleia unificada na tarde desta terça-feira, 25, na Praça da Bandeira, em Aracaju, para debater nova ações em defesa dos direitos dos profissionais da atividade policial e de salvamento. As categorias também realizaram uma caminhada em direção à sede da Secretaria de Segurança Pública, no bairro São José.
Essa foi a terceira mobilização que as categorias deflagraram somente neste mês de janeiro. O Movimento luta pelo adicional de periculosidade, pela reposição inflacionária e, mais recentemente, pelos projetos de reestruturação das carreiras policiais.
“Estamos mais uma vez lutando pelos direitos básicos dos funcionários, como o adicional de periculosidade, a reposição inflacionária e, principalmente, por um projeto de reestruturação, que seja digno, justo e equilibrado para todos, já que o Governo do Estado se posicionou por esse item e deu carta branca ao secretário de Segurança Pública. Os policiais hoje aqui aguardam que o secretário de Segurança Pública João Eloy convoque imediatamente as lideranças para que a gente possa discutir e apresentar ou entender qual a contraproposta do governo do Estado”, afirma o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE), Adriano Bandeira.
A ‘carta branca’ a qual o presidente se refere, trata-se do posicionamento dado pelo Governo do Estado no último dia 13 de janeiro, dia em que a categoria deflagrou uma caminhada em direção ao Palácio do Despacho. Na ocasião, o Governo afirmou que compreendia a importância dos operadores de segurança, e que já estaria concluindo, juntamente com a Secretaria de Segurança Pública, os comandantes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e Polícia Civil, um projeto de reestruturação da carreira destes profissionais.
Entre outras vantagens, isso promove o profissional de forma mais rápida, o que o leva a ter diversas vantagens, inclusive melhoria salarial. Também foi divulgado pelo Governo do Estado que Projeto de Lei seria enviado para Assembleia Legislativa no início de fevereiro.
“O correto é achar uma solução que seja justa e equilibrada para todos. Não dá para a gente aguardar que o governador diga que tem uma carta branca e o secretário de Segurança Pública sequer convoque as lideranças para conversar. Existe ou não existe essa carta branca? A gente precisa saber agora. A gente não vai ter a resposta se ficar em casa”, afirmou Adriano.
Ao final do ato, as categorias decidiram que irão realizar na sexta-feira, 27, a partir das 14h, uma manifestação em frente à Corregedoria da Polícia Civil, contra a a perseguição aos colegas policiais civis integrantes do movimento. Também ficou definido que as categorias aceitarão somente propostas que sejam iguais para todos e que os bombeiros reforçarão a fiscalização de alvarás de funcionamento de empresas.
Governo
Em resposta ao Portal Infonet, o Governo reiterou que o Projeto de Lei que reestrutura a carreira dos profissionais de segurança já está em fase de construção e que, após o recesso parlamentar, será enviado a Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese).
Entenda
As categorias que compõem o Movimento Polícia Unida – delegados, policiais civis e militares, e bombeiros militares – deflagraram no último dia 11 de janeiro a “Operação Padrão”, que visa cobrar do Governo do Estado o pagamento do adicional de periculosidade e a reestruturação da carreira. Desde então, as categorias estão realizando manifestações.
Em resposta aos manifestantes durante o penúltimo ato, realizado no dia 17 de janeiro, o Governo de Sergipe informou que, por enquanto, não há ainda uma definição sobre índices de reajuste dos servidores públicos. “Os técnicos do governo estão terminando os cálculos de impacto financeiro. A previsão é que no início de fevereiro, com a volta dos trabalhos na Alese, um Projeto de Lei seja enviado tratando do assunto, inclusive, com melhorias previstas para os profissionais da Segurança Pública”, informou na época a Superintendência de Comunicação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário