Integrante do Movimento, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE) reuniu seus filiados, entre agentes, agentes auxiliares e escrivães, no auditório da Universidade
Estácio, no Bairro Salgado Filho, em Aracaju, para discutir sobre as principais pautas de reivindicação da categoria e deliberar pelos novos encaminhamentos, no intuito de construir um projeto que atenda às necessidades dos profissionais da segurança pública.
Em fala inicial, Adriano Bandeira, presidente do Sinpol/SE, comentou sobre a visita surpresa que as lideranças fizeram ao Procurador-Geral do Estado (PGE), Vinícius Thiago de Oliveira, para acompanhar o andamento dos projetos tanto de reestruturação da categoria, quanto dos demais já reivindicados, a exemplo do adicional de periculosidade e a reposição inflacionária. Lá, foram informados sobre parte do conteúdo da proposta.
“Pudemos conhecer um pouco mais sobre o projeto que está sendo construído pelo Governo do Estado, mas ainda será necessário acompanhar a finalização desse documento até a próxima sexta-feira (04), para que possamos discutir com toda categoria por sua aprovação ou não em nova assembleia. Mas deixamos claro ao procurador que os ganhos obtidos deverão alcançar tanto os profissionais ativos quanto inativos”, pontuou Adriano Bandeira, presidente do Sinpol/SE.
Logo em seguida, foi a vez de apresentarem alguns pontos do Projeto oficial do Governo e as propostas de reestruturação de carreiras das polícias Civil e Militar e Corpo de Bombeiros Militar que foram encaminhadas pelas categorias sindicais. Quando abordado sobre o assunto, o presidente do Sinpol/SE falou sobre o momento de união entre todas as classes, o que ele considera como patrimônio histórico do Movimento Polícia Unida, e rechaçou qualquer proposta que exclua os aposentados e não atenda na mesma medida todas as classes, postos e patentes.
Na sequência, foram colocados em votação e decididos por unanimidade entre os filiados do Sinpol/SE, as seguintes pautas: aprovação do pedido de exigência de arquivamento de procedimentos correcionais contra colegas que participam de atos de mobilização; a revisão da cartilha da Operação Padrão, com inclusão ao combate sistemático à corrupção e demais crimes contra a Administração Pública Estadual e dos Municípios; e sobre a Proposta de Reestruturação dos profissionais da Segurança Pública, que está sendo elaborado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/SE), com o aval do Governo do Estado.
Perseguição
Presente na Assembleia Geral, o advogado do Sinpol/SE, Cícero Dantas, falou sobre a perseguição aos filiados participantes nos atos do Polícia Unida, reafirmando a defesa desses profissionais no exercício da sua liberdade sindical.
“A convite da diretoria do Sinpol, estive presente na Assembleia de hoje para dizer aos policiais civis que não se sintam intimidados nem amedontrados com a instauração de procedimentos sobre a luta encampada por eles. A assessoria jurídica estará atenta a esses atos atentatórios à liberdade sindical”, destacou o advogado.
Alteração na Cartilha da Operação Padrão
Durante as apresentações, o agente de Polícia Civil Rafael Almeida destacou a importância do cumprimento de toda a Cartilha da Operação Padrão, incluindo a atuação do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe no tocante à interdição das delegacias que apresentam condições inóspitas de trabalho.
“Quase todas as delegacias do Estado funcionam em condições precárias, sem qualquer tipo de condição de trabalho ou até mesmo de receber a população para o devido atendimento. Isso é gestão, culpa da gestão da Polícia Civil, que não tem o devido respeito a essas pessoas. Então, já que são prédios que não apresentam condições de trabalho, por que não pensar no fechamento dessas unidades até que os reparos sejam feitos? Acho que esse ponto deve ser considerado, para que consigamos condições dignas de trabalho e de atendimento aos cidadãos”, pontuou o policial civil Rafael Almeida.
Ao final da reunião, o presidente do Sinpol/SE agradeceu a grande presença de filiados no encontro de hoje em ratificação à luta de todos em apoio ao Movimento Polícia Unida.
“Aqui nós reafirmamos uma luta por uma tabela de reestruturação justa, que atenda a todos, ativos e inativos, inclusive a todos os cargos e classes da mesma forma. É preciso que a gente continue de forma firme no cumprimento da Operação Padrão. A luta não acabou, a gente espera que nos próximos dias o Governo apresente uma contraproposta àquilo que foi encaminhado para o Sinpol. Nesta mesma assembleia nós aprovamos uma tabela sem a classe final, uma tabela com a correção de todos os salários, com uma diferença de 10%. É necessário que a gente tenha coragem de continuar nessa luta por valorização, respeito e dignidade pelos profissionais da segurança pública”, enfatizou Adriano Bandeira.
Próximos passos
Durante a Assembleia-Geral, os policiais civis deram novo ultimato ao Governo do Estado. Em caso de não apresentação da contraproposta para a categoria, o Movimento Polícia Unida pretende realizar nova manifestação, em ato surpresa.
“Há mais de um ano e sete meses que o governador tem conhecimento sobre as nossas pautas reivindicatórias e até o momento não apresentou qualquer contraproposta. Em dezembro, informaram que os projetos seriam encaminhados para aprovação na Assembleia Legislativa de Sergipe. Já estamos em fevereiro, e nada de anúncio sobre o assunto. Pelo contrário, continuamos com as nossas perdas inflacionárias acumuladas em quase 60%; sem direito ao adicional de periculosidade, já que Belivaldo Chagas não entende os riscos da nossa atividade; e ainda o sofrimento dos policiais civis com os cortes nas horas extras trabalhadas. Não aceitaremos que o Governo leve nossa causa com tanto descrédito e desrespeito. Por isso, já estamos nos preparando para novo ato simbólico caso não seja apresentada qualquer proposta por parte do governador Belivaldo Chagas”, finalizou Adriano Bandeira.
Clique aqui para acessar as diretrizes atualizadas da Operação Padrão
Fonte e fotos: SINPOL/SE
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