No expediente encaminhado, João Eloy relata que imagens captadas pelas câmeras de segurança da SSP, gravaram ações potencialmente aptas em colocar em risco a integridade física de servidores da SSP, sociedade e até mesmo participantes da reunião citada, o que teria caracterizado excessos e desvios de comportamento por parte dos agentes da Segurança Pública.
Ainda no mesmo ofício, João Eloy afirma que foi constatado a real invasão do prédio da SSP por agentes que compõem a segurança pública estadual, culminando, inclusive, com total bloqueio da garagem do prédio da secretaria, infringindo o direito de ir e vir de alguns membros do governo que participaram da reunião.
Por fim, foi pedido pelo Secretário de Segurança Pública a identificação individualizada dos supostos autores de abuso do direito de reivindicar, que gerou provável risco de invasão forçada e ameaça real a integridade física e moral dos reunidos.
O encaminhamento de tal ofício foi destaque no programa Balanço Geral, da rádio Jornal FM, apresentado pelo radialista Augusto Júnior, onde o repórter Jairo Júnior trouxe a informação, momento em que foi entrevistado o assessor jurídico da ASPRA/SE (Associação de Praças Policiais e Bombeiros Militares de Sergipe), Márlio Damasceno, o qual destacou de início que causava estranheza, passados mais de um mês do ato, é que o Secretário de Segurança Pública encaminha tal ofício alegando invasão e ameaça a integridade física e moral de quem estava participando da reunião na SSP.
O assessor jurídico da ASPRA/SE destacou ainda que em momento algum houve risco a integridade física ou moral de quem quer que seja, pois quando as autoridades chegaram para a reunião com os representantes do Movimento Polícia Unida, eram convidados no microfone, para darem boa tarde aos servidores da segurança pública, o que era feito tranquilamente, como ocorreu inclusive com o Secretário da Fazenda, que cordialmente, deu boa tarde a todos os presentes.
Márlio Damasceno destacou ainda, que a sede da SSP é a casa dos servidores da segurança pública, chegando a questionar: "ou será que estes não podem ter acesso à sua casa"? O ato foi pacífico e ordeiro, não havendo qualquer depredação no prédio da SSP ou ameaça a qualquer pessoa, pois todas as autoridades que chegaram para a reunião, tiveram acesso ao gabinete do Secretário de Segurança., relatando ainda que lamentava a expedição de tal ofício por parte do Secretário de Segurança Pública aos comandantes da PMSE e CBMSE e ao delegado-geral, para abertura de procedimentos, mais de 30 dias após o ocorrido.
Por fim o advogado da ASPRA/SE fez uma observação: "se houve as práticas dos supostos crimes informados pelo Secretário de Segurança Pública em seu ofício, qual motivo de não prender os servidores em flagrante? Certamente porque não houve qualquer conduta irregular por parte dos servidores da SSP, que exerceram tão somente seu direito à manifestação de forma pacífica e ordeira".
Pelo que se observa, ao invés de procurar negociar as reivindicações dos servidores da SSP, fazem é acender o pavio de um barril de pólvora. Vamos aguardar cenas dos próximos capítulos.
Matéria do blog Espaço Militar
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