É visível a dificuldade que muitos candidatos estão enfrentando na atual campanha eleitoral, sem recursos mínimos para despesas naturais, como para combustível, com alimentação, para a manutenção de uma equipe de marketing e até para a promoção de toda a logística do projeto. Quer perceber o grau de insatisfação dos candidatos? Converse com a maioria deles e logo você vai perceber que há uma mágoa, geralmente com o partido que não atendeu suas reivindicações, mas também com uma parcela do eleitorado que foi culturalmente “mal acostumada” a dar um voto de confiança em troca de alguma benesse...
Em meio a tanta dificuldade, o anúncio que pode virar mais comum nos próximos dias, em diversos partidos, nesta campanha eleitoral, é sobre possíveis desistências de candidaturas; é gente que já percebeu que não conquistou os corações e mentes sergipanos e que, se levar o projeto até o fim, só vai gastar dinheiro e aumentar sua decepção. Sem dinheiro, sem estrutura para levar uma campanha adiante, o “caminho natural” é a renúncia! Semana passada, o caso que ganhou maior repercussão foi o do deputado estadual Gilmar Carvalho (PL), que desistiu de disputar mais uma reeleição este ano.
Gilmar continua tendo vez e voz no rádio sergipano e tem fortíssima audiência, mas ainda assim ele parece ter percebido que, sem a estrutura básica, não se leva a frente uma campanha eleitoral. Sua desistência já “causou” nos bastidores da política local: há quem diga que vai ser indiferente; outros já enxergam que sua decisão, que faz parte do regime democrático de Direito, pode prejudicar o projeto proporcional do PL para o Estado na Assembleia Legislativa. E não para por aí: ligada a Gilmar, com quem fazia uma “dobradinha” para deputado federal, Verônica Alves Nascimento (PL), também renunciou.
A decisão movimentou ainda mais os bastidores da política, mais precisamente do PL, considerando que a saída de Verônica desperta um risco real para inviabilizar chapa de federal da legenda, que conta com nomes expressivos, até então, como do ex-deputado Talysson Costa (PL), o atual deputado federal Bosco Costa (PL) e o deputado Zezinho Guimarães (PL). Isso porque é preciso respeitar a regra da proporcionalidade do mínimo de 30% para cada sexo. Em síntese, se confirmada a renúncia, o PL tem até dia 12 para indicar outra mulher candidata, ou retirar o excesso de candidaturas masculinas. Isso com o “jogo” já em andamento...
Veja essa!
As renúncias de Gilmar Carvalho (deputado estadual) e de Verônica Nascimento (deputada federal) estão gerando o maior “burburinho” dentro do PL, principalmente porque com menos votos para a legenda, também é menor a possibilidade de eleger mais proporcionais.
Fonte: 93 Notícias (Habacuque Villacorte)
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