A turma, composta por 50 alunos previamente selecionados, com integrantes das mais diversas polícias, foi exposta a atividades intensas e desgastantes até chegar à conclusão do curso e, consequentemente, à conquista do tão esperado brevê de caatingueiro, como são popularmente denominados.
Durante o curso, os policiais foram exaustivamente testados e mostraram predisposição para servir ao povo sertanejo com garra, força e determinação. É importante salientar que o Curso de Operações Policiais em Área de Caatinga (Copac) é requisito obrigatório para pertencer a esta Unidade tão estimada.
Segundo o coronel Rolemberg, comandante do policiamento da capital, o X Copac representa um avanço, um incremento do policiamento especializado voltado para o Sertão, favorecendo principalmente aos 4º e 10º Batalhões, mas beneficiando o Estado de Sergipe de forma geral. O coronel destacou ainda que embora a formação seja voltada para o Bioma da Caatinga, os policiais militares estão aptos para atender ocorrência de grande complexidade em todo o Estado de Sergipe, ainda que o foco do policiamento seja a área rural. Para ele, a conclusão desse curso, que é de grande relevância, representa o aumento do efetivo da Companhia Independente de Operações Policiais em Área de Caatinga (Ciopac), proporcionando um atendimento com ainda mais qualidade.
O Major Fabrício, comandante da Unidade, agradeceu aos monitores e instrutores por terem abdicado de suas vidas pessoais durante 10 dias a fim de promover uma formação com o máximo de aproveitamento. Ressaltou a importância do curso para a formação de Guerreiros de Caatinga cada vez melhores e convictos da responsabilidade que é honrar todas as virtudes defendidas pela Ciopac.
Durante o período do curso, foram ministradas instruções teóricas e práticas sobre as seguintes disciplinas: Características Operacionais da Área de Caatinga; Primeiros Socorros; Ofidismo; Técnicas de Nós e Amarrações; Orientação e Navegação; Marchas na Caatinga; Combate Rural e Patrulhas na Caatinga; Busca e Salvamento; Tiro Policial; Operações Ribeirinhas; Técnicas de Sobrevivência.
As atividades do curso perpassaram por duas fases. A primeira delas denominada fase de adaptação, como duração de três dias, que aconteceu na região do 4º Batalhão de Polícia Militar, em Canindé do São Francisco; e a segunda, reconhecida como a fase de instruções práticas, com atividades diuturnas na Fazenda Aroeira, Zona Rural do Município de Poço Redondo, em Sergipe.
O aluno Alisson Rafael Dantas de Oliveira, soldado da PMBA e 01 da turma, falou sobre a sua experiência no curso. Segundo ele, foi uma vivência permeada por muitos sentimentos, além do treinamento, esforço e provações, e que muitas vezes o psicológico foi mais decisivo do que as limitações físicas, ainda que tenham sentido severamente o sol, a sede e a fome.
Já o aluno Israel dos Santos Araújo, 02 do Copac e soldado da PMSE, classificou a experiência como uma etapa dolorosa e ainda que alguns dias tenham sido chuvosos, não diminuiu o grau de dificuldade oferecido pelo curso. “A sensação de abafamento era perceptível e refletia na mobilidade durante as atividades, mas todos os formandos foram perseverantes, deram tudo de si e hoje, para a honra do Nosso Senhor Jesus Cristo, chegamos a tão sonhada formatura”, disse o novo Guerreiro de Caatinga.
Desde a sua criação, a unidade especializada da Polícia Militar alcançou feitos históricos no âmbito da segurança pública sergipana, reduzindo de forma considerável os índices de criminalidades no Alto e Médio Sertão do estado.
Fonte: PMSE
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