Na década de 90, ingressei na Polícia Militar de Sergipe, mais precisamente em 25 de novembro de 1991.
A sociedade não gostava e não valorizava os policiais, se dividiam entre a necessidade e o ódio, quando estavam em perigo, rezavam para Deus e chamavam por nós, quando o perigo passava, voltavam a ignorar a polícia.
Mas a bandidagem tremia quando nós chegávamos, não ousavam encarar e as raras vezes que tentavam, posso garantir que em 99% das vezes, se deram mal.
Vieram os anos 2000 a 2010, ganhamos o respeito da sociedade, travamos uma batalha incansável, porém respeitosa com os governantes e conseguimos o reconhecimento da nossa importância na esfera do executivo.
Porém, de 2011 até os dias de hoje, com um pequeno intervalo entre 2018 a 2022, as coisas voltaram a ficar complicadas, não só para as polícias do Brasil, mas também para a sociedade brasileira.
A bandidagem voltou com força total, não temem e não respeitam mais, nem a polícia nem o judiciário.
Os marginais ganharam o status de vítimas da sociedade, portanto ganharam da turma da lacração a narrativa de que roubam, matam para sobreviver ou apenas tomar uma cervejinha.
Porém o pior é que muita gente acredita nessas narrativas, então voltaram a odiar a polícia, defendem o bandido e apoiam o criminoso em confronto com policiais.
No meu entendimento, isso foi causado pela fraqueza dos nossos legisladores, pela intromissão desenfreada do judiciário no legislativo e pela grande quantidade de pessoas com poder de influenciar outras pessoas, mas que tem medo de dizer ao povo que os ouvem, que ser politicamente correto é igual a mentir para alcançar um objetivo.
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