ESPAÇO MILITAR - Como está sendo sua nova experiência à frente da Fundação Renascer?
CAPITÃO SAMUEL - Olha, na verdade a fundação cuida e restaura crianças e adolescentes , então, por esse lado eu já fazia isso no Batalhão da Restauração, onde cuidava e restaurava adultos. Até pela idade é mais fácil você consegui essa restauração de crianças e adolescentes do que com o adulto, que já está com a cabeça formada, porém a adolescência torna mais difícil o contato inicial e a compreensão, mas na fundação temos uma equipe muito boa de socio-educadores que fazem um trabalho de excelência, que nos ajuda muito nessa relação com o jovem adolescente. Graças a Deus estamos desde o início do ano sem problemas, somente com soluções.
ESPAÇO MILITAR - Recentemente você teve uma reunião com membros do Poder Judiciário e do Ministério Público estreitando laços no que diz respeito ao acolhimento à criança e adolescente. Poderia relatar?
CAPITÃO SAMUEL - O relacionamento da socio-educação que nós fazemos, é coordenado diretamente pelo judiciário e pelo Ministério Público, cuja relação é uma das melhores, porque na verdade nós temos uma parceria para cuidar e restaurar estes jovens, onde todos trabalhamos unidos. Hoje, é ofertado para todos os jovens que estão conosco o ensino formal, inclusive com alfabetização, com o apoio da Secretaria de Educação, que tem sido fundamental para transformar todas as unidade em escolas, como também, em parceria com outros órgãos, também são oferecidos cursos profissionalizantes, que já aprendem um ofício, facilitando assim sua inserção no mercado de trabalho quando sair, preparando estes jovens para o futuro.
ESPAÇO MILITAR - Estamos vendo pessoas defenderem vez por outra a legalização das drogas, principalmente no tocante a maconha utilizando como convencimento o uso como medicamento, como no caso do canabidiol, para pacientes que necessitem. Qual sua avaliação?
CAPITÃO SAMUEL - A maioria massacrante dos jovens dos jovens que estão na socioeducação tem envolvimento com as drogas, fato inclusive que é do conhecimento da sociedade e lamentavelmente a própria sociedade não discute esta questão da dependência química e o mal que ela causa a sociedade, além do custo financeiro que ela causa na segurança pública, na saúde pública e na previdência. Nós continuamos pensando da mesma forma, sendo contrários à legalização das drogas, mas podendo ser utilizado a canabis para uso medicinal na fabricação de medicamentos. O CNJ recentemente deu uma decisão obrigando o Governo Federal e o sistema de saúde federal, a ofertar a todas as famílias que precisem do uso do canabidiol, de forma gratuita o medicamento. Só para se ter uma ideia, o medicamento canabidiol comprado individualmente está chegando ao Brasil em torno de R$ 450,00, um vidro que dá para 40 dias, ou seja, quando o Governo Federal começar a comprar atendendo a determinação do CNJ, isso vai cair pela metade, beneficiando as famílias que precisam dessa medicação para seus pacientes, o que eu acho excelente. A minha restrição é liberar a plantação da maconha em todo este país sem se ter o devido controle, pois até hoje não vi um órgão dizer que é possível a fiscalização caso seja liberada a plantação de maconha e com 32 anos de polícia eu tenho a convicção absoluta de que não haverá qualquer órgão que possa fiscalizar, caso haja a liberação para se plantar maconha.
ESPAÇO MILITAR - Você teve uma votação extremante expressiva na última eleição quando disputou uma vaga para deputado federal, não sendo eleito devido a legenda, ficando como primeiro suplente. Qual a perspectiva do futuro do Capitão Samuel na política?
CAPITÃO SAMUEL - Nosso primeiro, segundo e terceiro pensamento é trabalhar focado na eleição para deputado federal em 2026, pois a sociedade tem me cobrado muito isso, muita gente relatando que foi uma pena não ter sido eleito, inclusive alguns que não votaram em mim, dizendo que se arrependem de não ter votado, então vou dar oportunidade a estas pessoas que estão saudosistas e que não puderam votar na última eleição em mim, que na próxima possam participar com seus votos. Muitos diziam que o trabalho do Batalhão da Restauração era um trabalho político que não iria continuar, mas agora estão vendo que o trabalho continua, independente de mandato, assistindo a várias pessoas, mesmo com todas as dificuldades. Em relação a eleição do ano que vem, vai depender de uma conversa com as lideranças, como no caso do PP com Laércio e Thiago de Joaldo, com o governador Fábio Mitidieri, com André Moura, que nos últimos tempos temos conversado muito, cujo grupo de André tem demonstrado ser forte e compromissado com todos, então o grupo se fortalece quando todos se fortalecem, mas todos, volto a dizer, na liderança do governador Fábio Mitidieri. Em relação a mim, em uma possível candidatura no próximo ano, dependeria da avaliação do grupo, no caso, por exemplo, de disputar uma vice-prefeitura.
ESPAÇO MILITAR - Muita gente achava quem em virtude de sua não eleição para deputado federal, o Batalhão da Restauração iria acabar, que seria uma estão política, porém o trabalho continua. Como o você avaliou isso?
CAPITÃO SAMUEL - O trabalho pode ter certeza que vai continuar, inclusive converso com o governador Fábio Mitidieri, com Luciano Bispo, com Jeferson Andrade e outros amigos, com o objetivo de mantermos vivo este trabalho. Claro que estamos passando por uma situação muito difícil neste momento, mas as emendas parlamentares do ano passados dos colegas deputados estaduais e as próprias minhas mesmo, com o governador Fábio começando a pagar estas emendas, nós temos a garantia de manter as mesmas condições atuais do Batalhão da Restauração por dois anos, sem esquecer das parcerias com o deputado estadual Neto Batalha e o deputado federal Thiago de Joaldo, que são muito importantes. A importância da ajuda do poder público é importante para que o trabalho seja sempre realizado de forma gratuita, principalmente em prol dos mais necessitados.
ESPAÇO MILITAR - Na qualidade de policial militar, você ainda tem acompanhado a situação dos militares sergipanos e suas reivindicações?
CAPITÃO SAMUEL - Tenho acompanhado, converso muito com os presidentes de associações que são representantes dos militares, vejo as movimentações, dou opinião, ajudo na interlocução no que for possível junto ao governador, agora quem decide são os presidentes de associações e a tropa. Agora não sou mais deputado estadual, mas naquilo que puder ajudar e contribuir, farei e torcerei para que tenha tantos avanços nestes quatro anos, quando no período que fui deputado estadual, porém agora não temos um representante legítimo na Alese. Torcerei também para que os parlamentares da área da segurança pública como a deputada federal Katarina Feitosa e o senador Alessandro Vieira posam fazer muito mais que eu fiz pelos policiais militares e bombeiros, até porque estão no parlamento federal, e naquilo que me chamarem estou pronto para contribuir, mas agora estou do lado de cá, aguardando as coisas acontecerem, torcendo que tudo dê certo para os militares, inclusive para os da reserva. E para finalizar, quero dizer aos amigos e aqueles que conhecem o trabalho do Capitão Samuel, seja durante os 12 anos de mandato, seja no trabalho social, seja com os novos amigos, a mensagem de que continuo forte, vivo, firme e trabalhando muito, porque acredito que é a boa política que vai mudar a sociedade.
Matéria e foto do blog Espaço Militar
Nenhum comentário:
Postar um comentário