Quem houve o governo de Sergipe falando sobre a magnifica reserva de 18 milhões m³/dia de gás natural acha que essa abundância já é uma realidade e que caberá ao Estado controlar o valor desse combustível, vendendo-o a preço de banana. Essa confusão existe porque, desde que a Petrobras anunciou a viabilidade do Projeto Sergipe Águas Profunda, o Executivo sergipano anuncia aos quatro cantos que o nosso estado é um paraíso para as empresas dependentes de gás natural. Não é! Caso tudo ocorra como prevê o Plano Estratégico 2023-27 da petrolífera, o primeiro gás na costa de Sergipe só será extraído do fundo do mar lá para 2027. Além do mais, isso não significa que o valor do produto vai despencar, sendo mais barato em Sergipe por abrigar a monumental reserva. Talvez esse canto da sereia oficial tenha convencido a empresa Unigel a arrendar a antiga Fafen, em Laranjeiras, para produzir amônia, ureia e sulfato de amônio. Dois anos depois, a indústria deu com os burros n’água, pois o valor do gás – seu principal insumo – continua alto e não há previsão de queda. Tropeços industriais como este acontecem quando alguém vende o que não tem e outros compram promessas, apostando no ovo ainda no fiofó da galinha. Misericórdia!
Fonte: blog do jornalista Adiberto de Souza
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