De acordo com as investigações, após a denúncia do estelionato, a DDCP iniciou as investigações. A apuração policial identificou que o início da captação de investidores para as clínicas populares aconteceu em 2017. Mas, em menos de um ano, a clínica fechou e a investigada apresentou um novo projeto, com o objetivo de buscar, de forma ativa, pacientes para a clínica, inclusive com a criação de um cartão de saúde para descontos.
Porém, da mesma forma, a iniciativa não funcionou, inclusive, faltando, novamente, a realização de prestação de contas. A apuração policial indicou ainda que a ação dos investigados foi apenas mais um projeto para a arrecadação de valores e novos investidores.
No ano de 2021, uma das investigadas informou aos sócios que enviou o valor investido para o exterior e passou a exigir passaportes e contas fora do país dos médicos investidores, além de suposto honorário advocatício para advogados estrangeiros regularizarem a expatriação dos valores. Alguns médicos chegaram a pagar os valores.
Conforme as informações policiais, enquanto ganhava tempo, a investigada criou uma nova história, dizendo que o projeto tinha se tornado ainda maior e que investidores estrangeiros estavam interessados na compra da empresa, ludibriando, mais uma vez, as vítimas. Ao longo de quatro anos, os investigados se beneficiaram ilicitamente de R$ 10 milhões.
Diante dos fatos apurados pela DDCP, foram representadas pelas decisões cautelares de busca e apreensão, sequestro de bens e valores, bloqueio de contas, medidas que foram deferidas pelo Judiciário de Sergipe. As prisões foram solicitadas à Justiça, porém não foram autorizadas pelo Poder Judiciário. Até o momento, foram bloqueados R$ 1,6 milhão. Os investigados foram indiciados por estelionato, e o inquérito foi remetido à Justiça.
Fonte: SSP/SE
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