sexta-feira, 4 de agosto de 2023

TESTEMUNHAS DESMENTEM SUSPEITO DE MATAR PM DA ROTA NO GUARUJÁ.


As testemunhas ouvidas após a morte de um PM da Rota no dia 27 de julho no Guarujá, litoral de São Paulo, desmentem a versão do suspeito preso pelo crime, que alega inocência, e o apontam como responsável pela segurança armada do tráfico na região de onde partiram os tiros. Após o crime, uma ação policial ainda em andamento resultou em ao menos 16 mortes, 84 prisões e apreensão de 400 kg de drogas.

O que dizem as testemunhas

Um homem disse ter visto Erickson David da Silva, o Deivinho, com uma pistola para fazer a segurança do ponto de venda de drogas momentos antes do crime. Depois dos tiros, contou ter encontrado uma "pistola prateada, semelhante à verificada pouco antes na mão de Deivinho" em um córrego nos fundos da sua casa, segundo relato à Polícia Civil na última segunda-feira (31) obtido pelo UOL.

Uma pistola 9 mm foi localizada embrulhada em uma sacola de plástico e apreendida após uma denúncia anônima, pouco antes da testemunha ser ouvida. A arma foi encaminhada para a perícia para verificar se foi a mesma usada para matar Patrick Bastos Reis, que integrava a tropa de elite da PM paulista. O resultado ainda não saiu.

A testemunha, que prestou depoimento sob proteção, disse ter visto Deivinho com uma pistola prateada ao ir ao local para comprar drogas. A informação de que o suspeito estava armado no momento do crime e que seria o encarregado pela segurança foi confirmada por moradores e pessoas ligadas ao tráfico local — um deles é Mazaropi, preso por tráfico e também suspeito de envolvimento na morte do soldado da Rota.

"Deivinho passou a gritar como louco: 'A Rota' e passou a atirar. Com medo, larguei as sacolas com as drogas, tranquei a porta de casa e disse para a minha mulher: 'Deu m... O Deivinho atirou nos caras'."

- Marco Antônio de Assis Silva, o Mazaropi, preso por tráfico e homicídio, em depoimento

Uma nota fiscal de um croissant no local em que ocorreu o assassinato ajudou a incriminar Deivinho, segundo a Polícia Civil. Os investigadores foram até a loja e usaram as câmeras de segurança instaladas no local para identificar uma suspeita, que também apontou o envolvimento dele no crime.

O local de onde partiram os disparos era preparado para defesa, aos moldes de "bunkers" de guerra, de acordo com a Polícia Civil. Com inscrições em referência ao PCC, a área contava com visão privilegiada, permitindo verificar os seus principais acessos. Ele foi preparado com alvenaria e tem paredes espessas, capazes de resistir a outros ataques, ainda segundo a investigação.

Fonte:  Portal UOL (Herculano Barreto Filho)

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