“Neste cenário atual, as distribuidoras não estão importando porque o produto está chegando muito caro aqui no mercado nacional. A diferença de preço está em torno de 80 centavos. E é por isso que está faltando produto”, afirma Juliana Martins, diretora do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg).
Desde a mudança de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já indicou que acabaria com a prática adotada na última gestão pela Petrobras, que repassava ao consumidor todo o reajuste do valor do petróleo no mercado internacional. Atualmente, a Petrobras segura parte do aumento. De acordo com relatório da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), publicado na terça-feira, a defasagem do diesel entre o preço praticado no Brasil e o mercado externo é de 22%.
“Já começou a faltar diesel. Está tendo uma restrição pesada e ninguém consegue atender com totalidade os seus parceiros. A Shell não consegue atender todos os clientes dela, a Ipiranga também não. Então já há uma redução na quantidade solicitada”, explica a diretora do Setcemg.
“Uma transportadora que consome 10 mil litros de diesel por dia, por exemplo, está recebendo 5 mil. A gente está tendo que fazer uma seleção de quantidades para tentar ver se isso acontece por um curto período de tempo e vamos trabalhando desta forma. Mas infelizmente o mercado interno não está suprido neste momento, especialmente do diesel S10. O S500 ainda tem uma quantidade, mas o S10 está faltando muito”, alerta Martins.
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