A primeira e mais dura posição – mas muita gente não está preparada para este debate – é que não vivemos no Reino Unido ou em uma Nação da Europa, que preza pela Educação dos seus cidadãos. Não temos estrutura emocional e sequer somos racionais para discutir o “uso pessoal” da maconha. Vivemos no País do “jeitinho”, onde as forças de segurança não escondem a frustração, quando demandam uma forte estrutura pessoal e de equipamentos, mas assistem a Justiça “soltando” em seguida…
Estamos falando de um País onde o aumento das taxas de criminalidade assustam cada vez mais, onde em determinadas metrópoles o cidadão comum fica acuado, “preso” em condomínios fechados, completamente monitorados, vítimas da violência, onde os criminosos são brancos, negros, filhos das periferias ou da alta sociedade. É evidente que temos “inocentes” ou são contaminados ou são forçados pelo crime, mas não é descriminalizando o consumo da maconha que vamos encontrar uma solução.
Um erro grosseiro de membros do Supremo Tribunal Federal (STF) que sequer levaram em consideração a representatividade legal do Congresso Nacional. Um nítido exemplo em que o Judiciário “legisla”…e a principal discussão que diversos setores, inclusive a imprensa tentam esconder, é a efetiva participação do crime organizado, a influência cada vez maior do tráfico de drogas nas instituições brasileiras. É triste, mas vivemos sim sob uma inversão de valores…
Temos hoje advogados, médicos e outros profissionais que são “financiados” pelo tráfico de drogas, em universidades públicas e, principalmente, em instituições privadas de ensino superior; temos, lamentavelmente, políticos “encobrindo” o crime organizado, membros de forças de segurança que são corrompidos e, inclusive, representantes da lei e da ordem. É um cenário assustador tanto para quem arrisca a vida para combater o tráfico quanto para quem exige respostas enérgicas das forças de segurança.
Descriminalizar o consumo da maconha em um País como o Brasil é fortalecer ainda mais o crime organizado, expõe a fragilidade das forças de segurança e passa a impressão de que quando você não pode com o inimigo, o melhor é junta-se a ele! É esta a discussão que precisa ser feita, mas as inúmeras ramificações da violência não deixam. Talvez seja o momento de quem ainda não está “corrompido” pelo “Sistema” e de levantar e reagir. Pelo bem das futuras gerações e da nossa Pátria Amada…
Fonte: Faxaju (coluna Politizando do jornalista Habacuque Villacorte)
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