sábado, 17 de agosto de 2024

LICITAÇÃO DO TRANSPORTE VAI ONERAR PREFEITURA EM QUASE R$ 11 MILHÕES/MÊS.


A campanha eleitoral está apenas no começo, mas um assunto não pode deixar de ser pauta durante os debates políticos dos quatro municípios que compõem a Grande Aracaju: o processo de licitação do transporte público, cuja primeira fase já foi concluída pelo Consórcio do Transporte Metropolitano, onde as vencedoras foram as empresas Auto Nossa Senhora Aparecida, do Estado de Minas Gerais, e a Viação Atalaia, que já é velha conhecida do sistema atual.

A primeira empresa contemplada vai operar as frotas do primeiro lote de Nossa Senhora do Socorro, Barra dos Coqueiros e Aracaju; já a segunda empresa, além da capital, também atuará em São Cristóvão. O início das atividades está previsto para o término deste processo licitatório, ou seja, o novo sistema entra em vigor a partir de janeiro de 2025, justamente quando iniciam as novas gestões municipais, em que os prefeitos serão eleitos (ou reeleitos) em outubro, nas eleições.

Este colunista faz um alerta para um debate amplo sobre o tema, que deve ser feito pelos candidatos a prefeito e a vereador dos quatro municípios da Grande Aracaju, porque esta licitação do transporte público terá consequências, boas e ruins, sobretudo, para quem mais interessa: a parcela da população que é usuária do serviço. Se por um lado a expectativa é que a prestação seja mais qualificada, por outro a tendência é que os custos sejam maiores para o povo!

Hoje a tarifa do transporte coletivo integrado da Grande  Aracaju custa R$ 4,50; com a licitação a previsão é que o valor da tarifa passe para R$ 5 a partir de 1º de janeiro do próximo ano. Mas a “melhoria” na prestação dos serviços não vai reajustar em apenas R$ 0,50 para o povo, como vão tentar propagar. Haverá ainda um subsídio financiado pelo poder público, onde o valor global das passagens chegará em R$ 8, ou seja, direta ou indiretamente a “conta” vai chegar para a população.

Estamos falando em quase R$ 11 milhões por mês, R$ 10.920.000,00 para ser mais preciso. Tudo custeado pelas Prefeituras de Aracaju, São Cristóvão, Nossa Senhora do Socorro e Barra dos Coqueiros. Os futuros gestores dos quatro municípios terão que assumir esta demanda financeira, que por enquanto sequer tem previsão orçamentária e também não iniciaram as discussões nas respectivas Câmaras Municipais pelos vereadores de cada cidade da Grande Aracaju.

A Barra dos Coqueiros, por exemplo, terá um subsídio mensal de 525 mil (R$ 6,3 milhões/ano); a prefeitura de São Cristóvão arcará mensalmente com R$ 1,2 milhão (R$ 15,1 milhões/ano); já em Nossa Senhora do Socorro o subsídio de responsabilidade do futuro gestor será de R$ 2,73 milhões/mês (R$ 32,7 milhões/ano); já a nossa capital, que terá uma nova gestão a partir de janeiro, arcará mensalmente com R$ 6,4 milhões (o equivalente a R$ 76,8 milhões por ano). Tudo com dinheiro do povo! Cenas dos próximos capítulos…

Veja essa!

Para deixar bem claro para os leitores: o valor da tarifa do transporte coletivo é atualmente de R$ 4,50; com a licitação do transporte coletivo, a partir de 1º de janeiro de 2025 a tarifa custará R$ 5 em um serviço totalmente explorado pelas empresas Auto Nossa Senhora Aparecida, do Estado de Minas Gerais, e a Viação Atalaia, que já atua aqui.

E essa!

Só que o valor global será de R$ 8 com as prefeituras de  Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, Barra dos Coqueiros e São Cristóvão pagando um subsídio para garantir a prestação dos serviços da ordem de R$ 10,9 milhões/mês. É isso mesmo que você está lendo! Se as prefeituras não honrarem, a qualidade do serviço vai cair…

Para refletir!

Se a Prefeitura de Aracaju, por exemplo, tem dificuldade de pagar pela prestação de serviços do Hospital São José e atrasa com frequência os pagamentos das parcelas, chegando a suspendê-los e prejudicando a população mais pobre, imagine se essas prefeituras não pagam os subsídios do transporte coletivo?

Atenção candidatos!

Não custa lembrar que em janeiro de 2025 os atuais prefeitos de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão estarão “de pijamas” e sem mandatos; o único que disputa a reeleição é o da Barra dos Coqueiros. Quem terá que honrar com esses subsídios serão os futuros gestores destes municípios. É melhor debater isso antes para o povo pobre não sofrer depois…

Subsídios

A Barra dos Coqueiros terá um subsídio mensal de 525 mil (R$ 6,3 milhões/ano); a prefeitura de São Cristóvão arcará mensalmente com R$ 1,2 milhão (R$ 15,1 milhões/ano); já em Nossa Senhora do Socorro o subsídio de responsabilidade do futuro gestor será de R$ 2,73 milhões/mês (R$ 32,7 milhões/ano); já a nossa capital arcará mensalmente com R$ 6,4 milhões (o equivalente a R$ 76,8 milhões por ano). 

Fonte:  Faxaju (coluna Politizando do jornalista Habacuque Villacorte)

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