Ao contrário do que propagandeia o governo Mitidieri, a população carente deve ser fortemente prejudicada com a “venda” da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso). Marcado para hoje, na Bolsa de Valadares de São Paulo, o leilão para entregar à iniciativa privada o abastecimento de água e esgotamento sanitário deve render mais de R$ 2 bilhões ao governo estadual, porém tem tudo para piorar ainda mais o serviço prestado hoje pela estatal. Ao menos foi isso que ocorreu em outros estados. Quatro anos após a aprovação da Lei 14.026 de 2020, que alterou o marco legal do saneamento, os resultados práticos ainda estão longe do esperado. Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento revelam que a promessa de melhorar substancialmente o acesso à água e ao esgotamento sanitário não se concretizou para a maioria da população. Segundo o site Ondas Brasil, o que interessa ao setor privado é operar em grandes e médias cidades, onde os níveis de cobertura dos serviços já são elevados, garantindo lucros maiores. Nos estados que privatizaram o abastecimento de água e o esgotamento sanitário, os contratos são descumpridos, sem falar nos baixos investimentos e no aumento das tarifas, punindo principalmente as famílias pobres. Ora, por que em Sergipe seria diferente? Marminino!
Fonte: blog do jornalista Adiberto de Souza
Comentário de blog: Em Alagoas mesmo, a Casal (que seria a Deso em Sergipe) foi vendida a BRK, e a conta aumentou assustadoramente, bem como a taxa de esgoto, além do que o serviço ofertado piorou ainda mais, bastando para comprovar o que estamos relatando, verificar a imprensa alagoana.
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