Era início do dia 18 de abril de 2023, quando um chamado rompeu o silêncio da madrugada no conjunto Orlando Dantas, na Zona Sul de Aracaju: a mãe de uma recém-nascida foi ao posto policial da localidade para pedir socorro para filha, de apenas 20 dias de nascida e que estava engasgada com o leite materno. De imediato, os policiais militares que estavam de plantão na unidade intervieram e salvaram a vida da recém-nascida, que não conseguia respirar. A missão que resultou nesse resgate em agosto do ano passado é contada agora na série ‘Heróis Anônimos da Segurança Pública’.
Para salvar a vida da recém-nascida, o sargento Irvin Souza, integrante do 1º Batalhão da Polícia Militar (1º BPM) foi o responsável por fazer a Manobra de Heimlich. O militar relembrou que a mãe da recém-nascida chegou desesperada e pedindo socorro para a filha. “A gente começou a fazer a manobra de desobstrução das vias aéreas. Continuamos aplicando as técnicas e, logo em seguida, eu e o soldado F. Deomar, nos dirigimos de forma rápida para o atendimento de emergência no Augusto Franco”, rememorou.
Alívio chegou na unidade hospitalar
Quando o sargento Irvin Souza chegou com a recém-nascida e a mãe dela à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Sul, veio o alívio com a confirmação de que tudo estava bem. “Entregamos a recém-nascida nas mãos dos médicos e foi o momento em que veio o alívio: quando o médico relatou que a criança já estava respirando, que a recém-nascida já estava bem naquele momento. Aí foi o momento de extremo conforto para todos nós”, relembrou o sargento que iniciou os procedimentos de atendimento pré-hospitalar.
Estreitamento de laços e gratidão
Com a recém-nascida salva e em segurança, o sargento Irvin Souza contou que a família ficou extremamente grata. “Estreitamos os laços, a visitamos alguns dias depois e a presenteamos com uma pulseira para eternizar esse momento que foi muito importante na minha vida e na vida do soldado F. Deomar. Na pulseira, colocamos nossas iniciais e a data da ocorrência e, até hoje, temos uma boa relação. No aniversário de um ano, em abril, fomos convidados, homenageados e foi um momento de grande emoção”, contou o militar.
Sensação de pertencimento a um plano maior
Diante da missão que resultou no salvamento da vida da recém-nascida, o sargento Irvin Souza sintetizou o sentimento de pertencer a um plano maior, que vai além da segurança pública, mas que é voltado ao salvamento de vidas. “Eu falo com colegas e com a família que nós fomos instrumentos de Deus, porque eu não sabia a técnica de Heimlich um mês antes. Ao ver uma ocorrência similar em São Paulo, eu me emocionei e resolvi aprender algumas técnicas que ajudaram a salvar aquela vida”, narrou.
Inclusive, o sargento Irvin Souza lembrou que não estaria de plantão no posto policial do Orlando Dantas, mas que uma permuta que não ocorreu o colocou diante da missão de salvar a vida daquela recém-nascida. “Naquele dia, eu não estaria de serviço, eu havia permutado, mas a permuta não havia dado certo, e eu estava ali. Então, eu penso muito que a gente estava naquele dia justamente para salvar aquela vida e fomos um instrumento de Deus para salvar aquela recém-nascida”, evidenciou o militar.
Com a missão que salvou a vida da recém-nascida naquela madrugada de abril do ano passado, o sentimento é de gratidão e dever cumprido. “Quando a mãe nos deu a criança nos braços, a gente, a princípio, não pensou em mais nada a não ser em realizar o salvamento, tentar ajudar de alguma forma. Foi muito emocionante quando eu entreguei a criança no braço do médico e ele confirmou que ela estava bem. Eu me emocionei. Graças a Deus pudemos ajudar essa família e eu vejo a criança com bastante energia, com saúde e a família muito feliz”, concluiu o sargento Irvin Souza.
Fonte: PMSE
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