Os resultados das eleições municipais em 2024 surpreenderam muita gente que demonstravam excesso de confiança ou por pensarem a política com a mentalidade antiga, atrasada, um tanto retrógrada! Nada contra, mas não vivemos mais nas décadas de 80 e 90. Com o incremento das redes sociais, as cobranças feitas aos gestores aumentaram, consideravelmente, e o nível de profissionalismo que se exige é uma realidade, mas muitos atores sociais ainda insistem no amadorismo e/ou em práticas ultrapassadas e pouco republicanas.
A política mudou, alguns políticos mudaram, mas o eleitorado também evoluiu! A velha história do “pão e circo” já não devolve os resultados esperados, as pessoas sofrem sem oportunidades de emprego, com alimentos muito caros e com uma concentração de renda bem acentuada. O cidadão comum, em uma grande parte, enxerga a classe política com profundo descrédito, por não se sentir devidamente representados por certos parlamentos e governantes. Mas a impressão é que tem muita gente que não conseguiu enxergar este novo cenário.
Nos bastidores do mundo político sergipano, alguns articulistas (como este que vos escreve) falam em nomes para 2026, mas respeitadas algumas restrições, a impressão é que esta pauta da baixa representação tende a se perpetuar por mais alguns anos. Olhando para o horizonte não se tem a percepção da construção de uma espécie de “legado político”. Parece que estão sempre presos dentro de uma “bolha”, aficionados por Poder, mas ineficientes do ponto de vista administrativo, em serem gestores propositivos.
Em síntese, as eleições de 2024 deixam a impressão que não ensinaram nada (ou quase nada) para alguns políticos sergipanos que, pelo visto, continuam insistindo nos mesmos erros, ou seja, seguem distantes dos anseios da população, mais precisamente dos mais pobres, daqueles que mais precisam da atuação efetiva do poder público. O político que insistir em se manter “desconectado” das periferias, se não for “pé no chão” e corrigir seus erros, fatalmente amargará uma dura derrota daqui a dois anos. Quem não tem sintonia e “cheiro de povo” findará reprovado (a) na urna eletrônica…
Fonte: coluna Politizando do jornalista Habacuque Villacorte
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