De acordo com a Lei nº 5.699, os soldados e cabos da Polícia Militar de Sergipe têm o direito ao fornecimento de três uniformes por ano. As fardas devem ser compradas pelo comando da PM e doadas aos militares na proporção de dois fardamentos de serviço (uniforme verde-oliva) e um uniforme de passeio (traje social).
De acordo com o sargento Edgard Menezes, vice presidente da Associação dos Militares de Sergipe (Amese), no entanto, há quatro anos os militares não recebem o benefício. Segundo ele, os policiais estão trabalhando sem uniforme – com traje paisano.
“Quem tem, usa. Quem não tem mais nenhum uniforme em condições de uso, trabalha paisano. Os uniformes são gastos, rasgam, tudo isso em ação, em combate. Se não tivesse a lei, compraríamos os uniformes. Como os cabos e soldados tem o direito aos uniformes, que sejam dados a eles”, disse Edgard.
Os militares estão sofrendo processos administrativos por não usar os uniformes. O argumento de não tê-los em condições de uso é insuficiente para o comando. Os líderes de associações afirmam que os militares não dêem importância para os processos recebidos.
No blog do Capitão Mano, diário eletrônico com informações sobre os problemas da corporação, há uma mensagem publicada convocando os militares a continuarem trabalhando paisanos e não utilizarem viaturas que não estejam regularizadas com o emplacamento.
“Cabos e soldados, continuem trabalhando à paisana e não se importem com procedimentos que venham a ser instaurados. Nenhum companheiro foi preso. Não dirijam viaturas com qualquer sinal de irregularidade”, diz o blog.
A reportagem tentou contato com o setor de Relações Públicas da PM (PM-5), mas não obteve êxito.
Fonte: F5 News
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