Nesta quarta-feira, 23, o deputado estadual Capitão Samuel(PSL), Presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Sergipe, foi convidado pela vereadora Honorina Fonseca para se pronunciar sobre o tema em foco.
O parlamentar utilizou a tribuna da Câmara de Vereadores de Boquim e discursou sobre o tema no qual tem especialidade técnica para se manifestar. O parlamentar que é capitão reformado da Polícia Militar de Sergipe e tem em seu currículo 19 anos experiência, explanou de forma clara e consciente a atual situação da Segurança Pública no Estado Sergipe. A forma de gestão da Segurança Pública não está chegando da forma que a população deseja. Não precisa ser técnico para falar, os resultados não são aqueles que a população deseja, afirmou Samuel Barreto.
O parlamentar ressaltou que o Governo do Estado não está cumprindo o seu papel de forma eficiente. O dever de casa o Estado não está fazendo. Dizer que o Estado está fazendo Segurança Pública? Os delegados fizeram um relatório sobre as condições físicas, ponto que eu não vou nem considerar, relatou o deputado.
O capitão disse ainda que os CISPs - Centro Integrado de Segurança Pública que estão sendo inaugurados pelo Estado a fora não vão resolver o problema de Segurança Pública que é grave. Inauguração simplesmente desses prédios não vai resolver o problema da Segurança Pública, por exemplo Canhoba a delegacia foi inaugurada, por sinal está muito bonita, quem está tomando conta do prédio é o guarda municipal, um vigilante, e tem dois soldados para fazer a segurança do município todo e um delegado e um agente de vez em quando passar por lá, por que eles têm cinco, seis cidades para tomar conta, eles têm que andar voando de um lado para outro. Hoje é o que temos no efetivo, dois policiais militares, isso acontece em 70 municípios sergipanos , declarou Samuel Barreto.
O deputado reprova o atual sistema de segurança em Sergipe e aponta problemas como baixo e as vezes inexistente efetivo policial militar nos municípios e enfatiza a urgência de concurso público para a Polícia Civil que não consegue exercer o seu real papel na sociedade sergipana.
Samuel Barreto disse que a forma de fazer a segurança está equivocada e afirma ser brincadeira o que acontece ultimamente. A gestão precisa ser muito boa, por que os erros acontecem não são poucos, o desvio de função acontece quando um policial que entrou para ser policial e não faz o papel dele, esclareceu o parlamentar.
O deputado capitão Samuel Barreto relatou sobre a gravidade que tem o desvio de função dentro da corporação e exemplificou com o número real existente, para garantir toda segurança do Estado de Sergipe. temos um efetivo previsto de 7000 mil homens e existente apenas 4700 policiais militares e o pior, temos mil homens desses 4700, desviados de função que não trabalham na atividade fim, como fazer Segurança Pública desse jeito?, indagou o deputado.
Samuel Barreto afirma que o erro começa dentro da SSP- Secretaria de Segurança Pública de Sergipe, que disponibiliza 200 policiais militares para realizarem serviços de Polícia Civil, inclusive em delegacias da Capital e não apenas do interior.
O capitão Samuel comentou sobre o corte feito na esfera Federal para a área de Segurança Pública esse ano pela presidenta da República, Dilma Rousseffh, no valor de 1 bilhão de reais, fator que sensibiliza ainda mais o sistema de Segurança do Brasil e consequentemente dos Estados do território brasileiro como explanou o parlamentar.
Referente ao tema drogas, o capitão Samuel deixou claro que o problema se divide em três etapas que devem ser respeitadas e providenciadas. O deputado disse ainda que não existem programas federais que funcionem efetivamente para amenizar o atual problema: Precisam de programas de tratamento de drogas que hoje os do governo federal não funcionam para ajudar o viciado que é um problema de saúde. Quando iremos melhorar Isso? E como vamos evitar? com a Polícia prendendo traficante? Não? Vamos evitar é com as famílias, com as igrejas, são ações que o governo precisa fazer, em Sergipe eu não conheço um centro de referência para tratamento de drogados bancado pelo Estado, eu conheço vários da igreja católica e da igreja evangélica, por que o Estado não pode ajudar se não estiver nas condições previstas pelo Governo Federal. Para acabar com o problema das drogas são três fatores: a criança para evitar novos usuários, cuidar daqueles que já são viciados e a Polícia fazer o papel delas que é combater quem vende.
Estiveram presentes na audiência pública em Boquim, os deputados estaduais Venâncio Fonseca (PP), Luiz Mitidieri, o prefeito de Boquim Pedro Barbosa, os vereadores da Câmara Municipal, o presidente do sindicato dos delegados de Sergipe, Cássio Viana, o delegado de Boquim, Marcelo Paes, o comandante da 1 Companhia do 6 Batalhão de Boquim, Capitão da Polícia Militar Márcio Roberto e autoridades locais.
Fonte: Assessoria Parlamentar do Deputado Capitão Samuel (Chris Brota)
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