terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

RIO: POLICIAIS DENUNCIAM FALTA DE CONDIÇÕES DE TRABALHO EM UPPS E RECEBEM AMEAÇAS DE NOVOS ATAQUES.

                           PMs DENUNCIAM FALTA DE CONDIÇÕES DE TRABALHO EM UPPS E RECEBEM AMEAÇAS DE NOVOS ATAQUES

Aos 27 anos, estudando Psicologia e na Polícia Militar desde 2010, a soldado Alda Rafael Castilho morreu após ser baleada durante ataque de traficantes da facção Comando Vermelho (CV) contra o contêiner que serve como base para a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Parque Proletário, no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, na tarde dest domingo, dia 2 de fevereiro.

Na ação criminosa, o soldado Marcelo Gilliard da Silva Miranda, 32, também ficou ferido. 

Atingido na perna, ele foi submetido a uma cirurgia e permanece internado no Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), no Estácio, na região central do Rio.

Menos de doze horas antes, a sede da UPP do Parque Proletário já havia sido alvo de outro ataque. 

Um veículo preto passou, por volta das 23h30 de sábado. 

Uma PFem foi baleada de raspão no joelho e uma viatura – que estava parada em frente ao contêiner – também foi atingida.

“Eles passaram em um carro preto e efetuaram disparos de fuzil e pistola. É um absurdo que nos tratem como bonecos. Estamos proibidos de revidar qualquer agressão, para não haver troca de tiros, e não temos autorização para trabalhar: somos obrigados a ficar parados para não batermos de frente com traficantes. Ou seja: podemos ser atacados à vontade e não podemos fazer nada. Acontece uma perda, mandam o Bope, reforço, enchem o morro de PM e depois volta tudo a como estava antes”, desabafou um soldado que pediu para não ter a identidade revelada por temer represálias.

Os tiros atravessaram o contêiner – que não é blindado – e além das marcas de perfurações na parede, o sangue da PFem no chão da base da UPP agravaram o clima já tenso.

“Era uma tragédia anunciada. Os ataques não somente lá como em outras UPPs têm sido constantes. Somamos a isso o fato de termos sido jogados em UPPs onde não temos condições de nos abrigar com segurança. Não bastasse isso, somos nós contra bandidos fortemente armados, que conhecem bem a região e que não têm nada a perder. É uma guerra desigual e injusta”, lamentou o PM.

Na última sexta-feira, dia 31 de janeiro, o alvo de ataque criminoso foi a UPP do Andaraí. 

Policiais realizavam patrulhamento de rotina quando foram surpreendidos por um grupo de homens armados, na localidade conhecida como Cruzeiro. 

O soldado Leira foi atingido no abdômen. Socorrido pelos próprios colegas de farda, foi levado para o Hospital Federal do Andaraí e não corre risco de morte.

Dois dias antes, a vítima foi um PM lotado na UPP da Rocinha. 

O soldado Guilherme Gomes de Souza, 27, foi salvo pelo colete ao ser baleado durante confronto com criminosos na localidade conhecida como Lajão.

A Polícia agora investiga denúncias de que novos ataques já estão sendo planejados: um seria na UPP de Manguinhos e outro na Pedra do Sapo, onde inclusive dois PMs – uma loira e um conhecido como Liers – seriam os alvos.

FONTE - http://robertatrindade.com.br/?p=16757
Aos 27 anos, estudando Psicologia e na Polícia Militar desde 2010, a soldado Alda Rafael Castilho morreu após ser baleada durante ataque de traficantes da facção Comando Vermelho (CV) contra o contêiner que serve como base para a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Parque Proletário, no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, na tarde dest domingo, dia 2 de fevereiro.


Na ação criminosa, o soldado Marcelo Gilliard da Silva Miranda, 32, também ficou ferido.

Atingido na perna, ele foi submetido a uma cirurgia e permanece internado no Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), no Estácio, na região central do Rio.

Menos de doze horas antes, a sede da UPP do Parque Proletário já havia sido alvo de outro ataque.
Um veículo preto passou, por volta das 23h30 de sábado.

Uma PFem foi baleada de raspão no joelho e uma viatura – que estava parada em frente ao contêiner – também foi atingida.

“Eles passaram em um carro preto e efetuaram disparos de fuzil e pistola. É um absurdo que nos tratem como bonecos. Estamos proibidos de revidar qualquer agressão, para não haver troca de tiros, e não temos autorização para trabalhar: somos obrigados a ficar parados para não batermos de frente com traficantes. Ou seja: podemos ser atacados à vontade e não podemos fazer nada. Acontece uma perda, mandam o Bope, reforço, enchem o morro de PM e depois volta tudo a como estava antes”, desabafou um soldado que pediu para não ter a identidade revelada por temer represálias.

Os tiros atravessaram o contêiner – que não é blindado – e além das marcas de perfurações na parede, o sangue da PFem no chão da base da UPP agravaram o clima já tenso.

“Era uma tragédia anunciada. Os ataques não somente lá como em outras UPPs têm sido constantes. Somamos a isso o fato de termos sido jogados em UPPs onde não temos condições de nos abrigar com segurança. Não bastasse isso, somos nós contra bandidos fortemente armados, que conhecem bem a região e que não têm nada a perder. É uma guerra desigual e injusta”, lamentou o PM.

Na última sexta-feira, dia 31 de janeiro, o alvo de ataque criminoso foi a UPP do Andaraí.
Policiais realizavam patrulhamento de rotina quando foram surpreendidos por um grupo de homens armados, na localidade conhecida como Cruzeiro.

O soldado Leira foi atingido no abdômen. Socorrido pelos próprios colegas de farda, foi levado para o Hospital Federal do Andaraí e não corre risco de morte.

Dois dias antes, a vítima foi um PM lotado na UPP da Rocinha.

O soldado Guilherme Gomes de Souza, 27, foi salvo pelo colete ao ser baleado durante confronto com criminosos na localidade conhecida como Lajão.

A Polícia agora investiga denúncias de que novos ataques já estão sendo planejados: um seria na UPP de Manguinhos e outro na Pedra do Sapo, onde inclusive dois PMs – uma loira e um conhecido como Liers – seriam os alvos.

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